Sem medo de protocolos quebrar
É de Neruda tudo o que você vai ler.
“Ficam todos atrás de mim para eu me exercitar...” mas eu gosto mesmo é de em uma rede me deixar ficar...
Ficam todos atrás de mim para em forma entrar, “jogar futebol...” mas o que menos quero é com a forma me preocupar... quero mesmo é no banco da praça sentar... “milho aos pombos jogar”...
Ficam todos atrás de mim para “me apressar...” mas eu prefiro mesmo no banco da praça me deixar ficar... o tempo que passa observar... sem me apressar... observar o palhaço que da vida faz graça... observar os namorados apaixonados beijos trocar... observar a vida que passa com toda a sua graça... e isso tudo sem nada gastar... observar é de graça... e a graça da vida é poder tudo aproveitar... de graça.
Ficam todos atrás de mim para “até eu ir nadar e voar...” mas eu prefiro nas pedras do rio me sentar... jogar flores no rio... e olhar o rio que segue pro mar... sem se preocupar com todos os obstáculos que têm de contornar... desafios vencidos pra trás deixar... até ao mar chegar e um com ele se tornar... sem se preocupar onde está um a começar e o outro a terminar.
... e voar.... ah! eu só quero nas asas do vento... no mais belo pensamento... nas asas de um passarinho que leva no bico alimento pra quem está no ninho.... pequenininho... que ainda não sabe voar.
“Bastante razoável” o que querem pra mim... mas eu sou o único que sabe discernir entre o razoável querer e o realmente razoável viver... só eu sei onde aperta o calo em mim... e, com certeza, pra você também é assim.
Só eu sei onde aperta o calo em mim... e, com certeza, pra você também é assim.