Lição de alteridade!
Chico Xavier disse que, certa feita, um Juiz de Direito, em visita ao Centro Espírita em que ele trabalhava, narrou que estava se preparando para julgar o caso de um motorista que havia atropelado uma criança que, embora tenha se recuperado, havia perdido dois dedos. No mesmo dia, à tarde, recebeu em casa a visita da mãe do rapaz, que lhe pediu tivesse piedade do filho, pai de família, que ganhava a vida com aquele carro, e, ademais, a criança estava desprevenida, jogando bola na rua. O Juiz afirmou, então, que ia tratar do caso com o máximo de rigor, porque devia corrigir a periculosidade daquele homem que havia atropelado a criança, embora a mãe dissesse que involuntariamente. A senhora retirou-se, chorando. À noite, começou a estudar o processo. Depois de uma hora, aproximadamente, o telefone tocou. Numa cidade vizinha, outra Comarca, seu filho havia atropelado e morto um rapaz. Então ele começou a chorar sobre os livros que estava compulsando para condenar, da melhor maneira possível, o motorista.