Para pensar...
O médico M. Rodrigues Calheiros narra como chegou à Doutrina Espírita. Disse que em 1950 estava internada no Hospital Português, em Recife, uma gestante, há dez dias, com uma intoxicação gravídica. Certa manhã, teve de intervir; a paciente não podia mais esperar a ação da natureza. Chamou um colega e um anestesista e extraíram a criança. Terminada a operação a paciente o chama pelo nome e pelo do colega. Elogiou o espírito de caridade com que haviam procedido, mas fez algumas críticas ao ato operatório, empregando uma terminologia científica que a paciente não podia conhecer. Surpreendido, perguntou quem estava falando por sua boca. Ela respondeu: é seu colega Miguel Couto. Em seguida, recebemos uma verdadeira aula de Medicina, ao mesmo tempo em que nos concitava a praticar o bem e a fazer da profissão um sacerdócio. Depois, estirando-nos as mãos em despedida, pediu desculpas por não prolongar a conversa, por ter que visitar outros hospitais. A paciente estremeceu e despertou. De nada se lembrava. Tudo foi testemunhado pela Irmã Umbelina, enfermeira-chefe da maternidade.
(Edynardo Weyne)
(Jornal “O POVO” – 27/Janeiro/1980)