Deus Não Desistiu de Nós
Por Nemilson Vieira de Morais (*)
Caíram as vestimentas das árvores, vieram tenros brotos, folhas novas... As cigarras em sincronismo chamam-chuvas esperançosas.
A chuva é um sinal da bondade do Criador, a demonstração da Sua preocupação com a manutenção do que criastes.
As precipitações costumeiras provam a preocupação d'Ele com o mundo; uma amostragem de que não cessou o Seu cuidado (trabalho) após o término da Criação; um só instante.
O Senhor ao ser acusado por tralhar no sábado, não titubeou a dizer: “O meu Pai trabalhou até hoje, eu também…”
O abastecimento hídrico aos viventes, via céu, Terra, é a continuidade laboral ao nosso favor que um dia teve o seu início e nunca mais parou.
As etapas do processo do ciclo das águas é um mecanismo engenhoso, complexo, que envolve múltiplas atividades, que o Criador nunca se furtou a realizar para a manutenção da vida, das coisas criadas.
A cada temporada chuvosa que vem e vai-se com o tempo — recebemos, nesse gesto repetitivo, um renovo constante de esperança a resurgir das cinzas…
Que se abram as “torneiras” de Deus no tempo certo! A quebrar a dormência da semente e, brote em terra fértil a plantação do Seu amor.
O que fora pre-estabelecido no projeto da fundação do mundo, tinha por certo a viabilidade da sua manutenção. Esta, responsável, pela perpetuação da vida na Terra.
Se houvesse apenas uma amostra de um microrganismo em atividade, creio que Deus, ainda iria se esforçar em preservar.
O desaparecimento de um único ser, mesmo duma dimensão microscópica ocasionaria a quebra duma cadeia, e consequentemente um desequilíbrio…
Se há uma preocupação do Arquiteto Universal no cuidar e proteger um ser minúsculo, não visto ao olho nu, quanto mais a nós, humanos!
O desejo de nos manter no planeta, ainda é alimentado pelo Criador. Prova disso é a própria chuva.
Há esperança de termos chuva o suficiente esse ano e, noutros mais. Porque Deus não desistiu de nós.
Que venham as chuvas de bênçãos;as águas de outubro,
novembro, fevereiro,março…
Pois há muitas sementes inertes no seio da terra, no aguardo da celebração da vida na brotação.
Não retire de nós Pai Supremo, a Tua benevolência, ainda que em gotículas microscópicas…
Pela Sua Palavra é sabido que a “misericórdia do Nosso Criador é a razão de não termos sido consumidos.”
*Nemilson Vieira de Moraes
Gestor Ambiental/Acadêmico Literário (17:10:14).