SOLIDÃO DE BORBOLETA

Lá estava ela sozinha, sentada num banco da movimentada praça do centro, parecendo uma pobre borboleta triste de asas caídas, olhos sem brilho, lagrimas finas caindo pelas faces, o rosto em desespero. Não sei o que lhe ia n'alma ou quanta amargura corroía seu coração, mas é certo que sofria e carecia de alento, dum ombro amigo, de palavras de conforto. Ninguém, porém, se aproximou dela para levar-lhe consolo ou oferecer ajuda, ela lá ficou em sua triste solidão de borboleta cabisbaixa expulsa de algum jardim da vida.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 01/04/2021
Código do texto: T7221563
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