HÁDRONS x INFINITO
HÁDRONS x INFINITO
Por cerca dos anos sessenta ou setenta, não me recordo bem, quando sendo um professor autodidata de Ciências – que englobava as áreas de física, química, botânica, ótica e outras. Lecionar era uma paixão desde cedo, talvez, mantida pela curiosidade de saber acerca das coisas, e, por sentir que a sala de aula dava uma ideia de um grande laboratório sobre a compreensão humana e do mundo que nos cerca. Não era concursado, mas apenas um contratado, e que não se importava quando viria o salário – curiosamente, quando hoje penso na realidade daqueles dias, fico admirado pelo amor que tinha por dar aulas – meu salário só era pago ao final de cada ano. Todo meu material o meu laboratório era adquirido com meus próprios esforços, usado até um jargão que definia esse propósito: “por amor à ciência”, um modo de se relacionar com os alunos, os quais tinha como parte da minha vida. Hoje posso compreender que o caminho seguido chegaria ao suporte da minha fé na Teologia. Me importava com a ciência por causa de Deus – era como uma procura para entender até que ponto a ciência me ajudaria a entender os mistérios de Deus – ledo engano, tive um caminho longo até construir experiências que transcendia ao mero conhecimento acerca das coisas. Tudo isso, para chegar à razão sobre o título acima: Hádrons X Infinito, do micro ao macro em defesa da fé cristã. Vi na minha inquietação o que era senso comum dos atributos do ser humano – nós somos assim, dificilmente nos rendemos à nossa pequenez, ou por que não, dizer sobre a nossa mediocridade. A ciência, está sempre querendo brincar de Deus, e parece que nunca se rende aos limites impostos pelo Criador. Antes, quando dava aulas, seguia a tabela periódica e brincava com os elementos, o que parecia uma brincadeira com meus alunos. Nesse tempo, conhecia como sendo as menores partículas da matéria, átomos, elétrons e neutros – já extraordinário demais esse conhecimento, parecia ser o limite. Aqui, nossa ideia não é dar uma aula de ciências, mas tentar trazer para a mente e o coração humano, motivos que os permita dar glórias ao Criador de todas as coisas, e, aceitar os seus desígnios para cada indivíduo em si memos. Não precisa entender, mas compreender essa maravilha de ser que somos nós, chegamos além dos prótons, elétrons e neutros – Hádrons, constituídos por prótons, neutros e pions; os Léptons, constituídos por elétrons e neutrinos; Os Hádrons podem ser divididos em mésons e bários. Enquanto os mésons, como os píons, são bósos; os bários, como o próton e o nêutron, são férmions. Não precisa entender, nem assustar com essas coisas, queremos apenas destacar que assim como foi possível chegar ao máximo do mínimo, os cientistas não se rendem, quem mais, contudo, com outras intenções – ainda julgam ser capaz de construir alguma matéria do nada. Enquanto da NADA somente Deus é capaz. Esse foi o máximo do mínimo, e mesmo assim não satisfez à curiosidade humana. E o máximo do máximo? (não é mera redundância) É o resultado alcançado pelo maior telescópio do mundo: Gran Telescópio Canarias, também conhecido como GRANTECAN ou GTC, o mais avançado do mundo. Há bem pouco tempo era o Hubble, lançado em 1990, o primeiro que pode ver mais longe – o infinito que parecia ser tão perto, tem ficado cada vez mais longe. Penso que para os astrônomos foi um chute no estômago. Melhor voltar para mais perto, quem sabe, povoar a Lua, ou Marte, está logo ali. Será que perceberam que o infinito está em Deus? Enquanto isso, todo conhecimento parece cair por terra, quando vemos que o simples mosquitinho conhecido como aedes aegypti continua matando muita gente. Que tal, falar da família dos SARS-Covid? Será pouco ainda? A humanidade está sendo dizimada e os maiorais humanos não vêm nada? Será que aqueles que não trabalham a favor do Reino de Deus, estão construindo e alimentando o Reino das trevas, ou será isso apenas uma ideia imposta pela Teologia. Deus do céu, por que tanta incredulidade? É verdade que, a ciência não compete com Deus, a ciência apenas vislumbra a capacidade humana, o desconhecido sempre desafia a curiosidade humana, até aí, não contraria aos propósitos de Deus, mas quando O nega, os mais sábios e os que se acham sábios caem em desgraça – ao final todos estrarão sob sete palmos de terra. Fosse apenas o fim, o desaparecimento, o espírito flutuante como querem os Espíritas e os espiritualistas, talvez pensem: morrendo, tudo acabou, o José vai encarnar na Maria formando assim um novo ser. Não é verdade, a sentença é única, ou um lugar de glória eterna, ou um lugar de sofrimento eterno. Não dá para perceber que o único testemunho inerrante é o que está na Bíblia, o que não caba à ciência decifrar e nem dela depende. A fé pode ser pequena, tanto quanto um grão de mostarda como ensinou o Mestre, mesmo assim, diz o Mestre que será capaz de transportar os montes. Enquanto o homem não se rende ao Criador, o mundo caminha para o abismo. Hádrons, talvez o máximo do mínimo; o cosmo pode finalizar a curiosidade humana, uma vez que o impossível se pôs bem à sua frente – inalcançável, uma pequena mostra do que seja o infinito, possível apenas em Deus. 28\03\2021