Fé está na liberdade de amar e aceitar o outro e a si mesmo... & ___ J Estanislau Filho quinta-feira, 26 de maio de 2016 Senilidade.
" - Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas."
Mateus 11:28,29
1 João 4,8: "Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."
San Giuseppe, l'angelo del Signore ti ha guadagnato. Aiutaci, o glorioso San Giuseppe.
VERSÃO: São José, o anjo do Senhor vos valeu. Valei-nos, ó Glorioso São José.
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Gostei do conto do idoso e como o seu interlocutor aprendeu como não levar não a sério a vida... Comprou uma chácara no Paraíso...
Memórias de velhos... Conhece a obra de Ecléa Bosi, da USP ?
J B PEREIRA
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Sugestão de leitura para dialogar com o conto abaixo Senilidade, de J Estanislau Filho.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Introdução.pdf
OBSERVAÇÃO: São BOSI, E. Memória e sociedade. Introdução.pdf
---- tem 31 páginas com várias obras que tratam da Memória coletiva... Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4504474/mod_resource/content/1/BOSI%2C%20E.%20Mem%C3%B3ria%20e%20sociedade.%20Introdu%C3%A7%C3%A3o.pdf
Acesso em: 27/11/2020.
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Fé está na liberdade de amar e aceitar o outro e a si mesmo...
J B Pereira
Meu amigo, ó minha amiga, ... acima o motivo de nossa confiança em Deus. Isso é a fé... É como amar e confiar em quem se gosta e sabe que não vai nos trair...
O ser humano está sujeito a vacilar... Ou seja, errar... Então, como nós olhamos e vejamos que erramos tanto quanto os que criticamos...
E pensamos. Será que há alguém que se possa confiar incondicionalmente... Ser atraída sem trair...
Amar e confiar para sempre... Esse ser é Deus. E o Filho de Deus é o que é capaz de nos aceitar como somos.
Só que nos convida a deixar o pecado e o que nos faz mal ou nos afasta do verdadeiro amor e o sentido de viver plena e felizmente a liberdade.
Porque sem liberdade, não há amor...
Sem amor, não há confiança e segurança. Ou seja, não temos a fé de que precisamos para ir aqui dentro de nós e e aceitar um Céu...
Não é, meramente, um conto de fadas ou ficção.
J B PEREIRA
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J Estanislau Filho
quinta-feira, 26 de maio de 2016.
Senilidade. (trechos seletos deste conto do autor J Estanislau Filho)
"A vida é uma dádiva, entretanto, como tem gente que reclama de tudo. Olha esta beleza! Como não agradecer a quem construiu este banco? As flores, maravilhas da natureza. Não quero saber de violência. Pode haver ingratidão maior, que a prática de violência? Vamos falar de coisas lindas, tem tanta gente fazendo o bem! Não sou nenhum santo, também fiz as minhas maldades...
Nesse momento o idoso parou de falar. Respeitei o seu silêncio, imaginando o que ele estaria pensando. Também me pus a pensar em minhas crueldades. Magoei muitas pessoas. Jurei não colocar filhos no mundo. Para quê? Para vê-los sofrer? Só vejo violência e ódio. Competição, sadismo.
Estou aqui ouvindo a lenga-lenga deste velho, vai ver foi um grande filho da puta. Fiquei sem saber o que fazer ao vê-lo se debulhando em lágrimas. Acariciei os seus cabelos, em seguida pousei sua cabeça sobre meu ombro."
(...)
"Antes de me despedir trocamos o número de nossos celulares, endereços eletrônicos, para nos comunicarmos e estreitarmos os laços de amizade. Alguns meses depois eles me convidaram a um passeio ao Sítio Paraíso.
Eu estava levando a vida muito a sério, rigoroso demais comigo, muitas cobranças, um peso enorme nas costas. As visitas ao sítio e os causos de Seu Zé Francisco me acalmavam. Em um dia de lucidez ele me disse: - Vou ser sincero com você, meu filho..."
(...)
Fiquei pensando em suas palavras. Pouco tempo depois pedi demissão da empresa e comprei uma chácara ao lado do Paraíso. Pude então realizar um sonho antigo: Pintar as minhas telas e vendê-las.
Havia tempo para ouvir os causos do cada vez mais senil, o Seu Zé Francisco.
Às vezes o via andando com passos trôpegos pelo sítio, apalpando folhas e flores e as levando próximas aos olhos.
Ele me inspirou uma tela, que não está à venda e estes singelos versos:
o coração não bate
com o mesmo vigor
a face tem outra cor
ao erguer-se da cadeira
contorce-se de dor
a visão está turva
não separa folha da flor
seus direitos fundamentais
tornaram-se banais
não se humilha mais
com seus atos fecais
os pruridos morais
ficaram para trás
os pés não movem
com a antiga pressa
há rugas espessas..."
J ESTANISLAU FILHO
https://jestanislaufilho.blogspot.com/2016/05/senilidade.html
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Esta crônica está em meu livro Filhos da Terra - Edição do Autor - 2009 - Esgotado - J ESTANISLAU FILHO
PARABÉNS AO ESCRITOR J ESTANISLAU FILHO
Gostei desse trecho lindo de Senilidade em:
https://jestanislaufilho.blogspot.com/2016/05/senilidade.html