Egoísmo
Se eu pudesse daria paz ao mundo, fazendo da tristeza existente um sabor místico de coisas infundadas.
O silêncio seria coberto pelos clarins, entoando marchas.
Ao longo das mechas esvoaçantes, taças de champangne espumantes refletiriam a brancura da paz.
Se eu pudesse ter tua mão neste momento, acalentando meu silêncio, e dobrando minhas vestes, num derradeiro desejo.
Seu eu pudesse daria paz ao mundo, encoberto pelas crenças vazias que me fazem fuga, que entoam sinfonias distantes, que ardem sem o fogo da fé.
Se eu pudesse encobriria a necessidade de ser, de possuir, de adormecer nas auras, de amanhecer nas garoas, gotejando amor.
Se eu pudesse não ser só daria paz... ao meu mundo.