Para refletir
Pensando aqui comigo mesmo como achamos que somos os maiorais, como nos sentimos superiores e como, apenas por termos um pouquinho mais de conhecimento ou de dinheiro ou de posição social ou qualquer outra coisa a mais que os outros, nos transformamos em “semideuses”.
Quantas vezes olhamos alguém, que de certa forma ocupa uma posição anterior na hierarquia em que vivemos e achamos que somos melhores, até mesmo com pessoas que tem uma linha de pensamento, uma visão de mundo diferente da nossa nos sentimos superiores.
Meus caros, não importa absolutamente nada todas estas suposições, nada, somos exatamente iguais e frágeis mutuamente, somos uma mínima partícula do que achamos ser, talvez nem essa mínima partícula... não somos nada diante da grandeza do universo, nada!
Tenho certeza que este mal que assola nosso planeta, nada mais é que um “freio de arrumação no ônibus da vida”, um tapa na cara que a natureza nos dá, um alerta mundial para o que estamos construindo em passos largos, ou melhor para o que estamos destruindo em escala industrial.
Esta reclusão vai nos permitir refletir sobre muitas coisas, e cabe a nós nos despertamos e despertamos as pessoas para que possamos realmente fazer uma viagem interior e refletir sobre nossas ações, um “hemograma” completo na nossa consciência, uma varredura interior geral, desde a nossa saúde mental até a arrumação na “gaveta da humildade”, uma seleção geral do que precisamos ter ou devemos nos desapegar, uma faxina em todos os aspectos da nossa existência.
A natureza já começou a fazer esta faxina, e, em tão pouco tempo já vemos resultados impressionantes, até nos canais podres e fétidos de Veneza os peixes voltaram sem o temor dos anzóis ou dos esgotos, os pássaros em voos rasantes nos céus de grandes metrópoles, animais imunes a esta mazela, que por hora recuso-me a pronunciar o nome, zombam dos humanos que os aprisionaram e hoje são prisioneiro dos seus próprios lares, os mares livres do plástico, do vidro, do óleo, do petróleo já dão sinais exuberância e harmonia em resposta a tanta ingratidão humana.
Hoje, felizes são os peixes, as florestas, as aves, que não são o prato principal no restaurante fechado. Há ainda um longo caminho para se percorrer, mas, é inevitável e imprescindível que o façamos com os olhos e a mente verdadeiramente voltados para as coisas que realmente importa nessa vida: nossa saúde física, mental e na saúde do meu próximo, pois, hoje entendemos que somos um só corpo, e se uma pequena parte deste corpo adoece, adoecemos todos juntos. Temos várias casas: o universo, o planeta, o continente, o país, o estado, a cidade, o bairro, a rua, sua casa e as mais importantes: seu corpo e sua cabeça. Vamos cuidar bem de todas, pensem nisso! Sigamos em frente com esperança e fé, a natureza é sábia e o que tiver de ser, será, independente de nossas vontades, mas um pouco de esforço ajuda. Já comecei minha faxina. Positivamente e afetuosamente desejo-lhes saúde e sorte.