SALVE UM APOSENTADO III

O QUE HEI DE FAZER

Em princípio a aposentadoria existe na compreensão de que o trabalhador cumpriu sua tarefa como participante de uma sociedade organizada em que tenha contribuído com o seu trabalho produtivo a bem de todos da sociedade em que vive. Acreditando a que tenha uma garantia de sustento na sua velhice, sabendo daquilo que é seu salário, portanto, dinheiro seu, uma parte que é recolhida pelo patrão e depositada nas mãos do governo. Do que é feito com esse dinheiro durante os anos em que o trabalhador contribuiu, uma minoria é capaz de dizer para onde vai e até mesmo de quem é o lucro das aplicações e uso desse dinheiro. O sistema matemático visa sempre garantir o monte, mesmo que subtraia criminosamente do trabalhador aquilo que ele acumulou através do que lhe foi tirado mensalmente durante os anos da sua capacidade laborativa. Nada justo, nada correto da parte dos governantes – desconfiança total. Por isso mesmo, não dá para ficar discutindo o que fazem, infelizmente somos da camada mais de baixo, temos que procurar as possíveis saídas, evitar o infarto pela revolta de sermos roubados – essa é a realidade. O que nos interessa nesse momento é trabalhar para responder esta pergunta: Estou aposentado, o que hei de fazer?

Aposentado dessa geração de envelhecidos, o autor durante a sua vida procurou trabalhar na expectativa do que seria possível conquistar para ter uma velhice tranquila. Bem lá para trás já se falava na Previdência Social, não era nada que estimulava a crer que mais tarde poderia significar alguma coisa que fosse plausível para a vida de aposentado. Empresário que era, preocupava em encontrar algum plano visando garantir o futuro financeiro da família. Foi quando nesse período surgiram os pecúlios, quando eram pagas parcelas mensais. E assim, durante treze anos, o que dentro de um prazo fixo, se prometia rendimento financeiro suficiente para uma aposentadoria tranquila. Foram feitos três pecúlios, cada um com treze anos de contribuição, mensalmente seria equivalente ao recebimento de $12.000 (doze mil dólares). Pois bem, quase vencendo os treze anos de contribuição o governo fez a gentileza de cortar dois zeros do dinheiro, depois mais outros zeros foram tirados (mais ou menos). O certo é que lá foram os cruzeiros da aposentadoria.