4R314 QU3 0 M3R N40 L3V4.
3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3574V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0. M45 3L45 C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 0 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314...
(N40 S31 QU3M 3 0 4U70R)
Eu também não sei quem escreveu esse texto. Mas nele eu aprendi, de pronto, duas coisas: a primeira está na mensagem embutida na estória. Que não vale a pena ficar se apegando as coisas que construímos, como se elas fossem parte de nós. Elas não são parte de nós. Nada nos pertence absolutamente. Nem o nosso próprio corpo, que a natureza, ou Deus (seja quem for, ou o que for que controle esse processo) pode tomar a qualquer momento, sem que possamos fazer nada a respeito.
Tudo é passageiro no universo. Como castelos de areia que a onda do mar leva. Enquanto estamos no cone de luz do tempo, como dizem os cientistas ─ e isso significa quase nada em termos de tempo na vida do universo ─ podemos construir e reconstruir muita coisa. E quando fazemos, fazemos para o mundo, não para nós mesmos. E quando o mundo leva o que fazemos, não devemos acalentar a sensação de perda.
Nada perdemos, porque nada é nosso de verdade. E as coisas, as pessoas, tudo no universo (como a teoria da relatividade tem mostrado e a lei da conservação das massas, de Lavoisier, confirma), são eventuais.
No universo nada se perde, nada se cria, e também nada se destrói, mas apenas muda de forma. Isso porque cada coisa (e cada pessoa também) ocupa um ponto relativo no espaço e no tempo, que nunca coincide com outro. Assim, as coisas e as pessoas não se perdem de nós e nós nunca as perdemos. Elas passam por nós e nós passamos por elas.
Enquanto a posição delas no tempo e no espaço está no mesmo cumprimento de onda da nossa, estabelece-se uma relação. Mas como a inércia absoluta não existe, acontecerá um momento em que o universo em movimento levará as coisas e pessoas para outro ponto e a nossa relação com elas deixará de existir. O movimento do universo se encarregará de afastá-las de nós e nós delas.
E nós só as veremos no passado, com os olhos da memória. Como uma estrela morta cuja luz só está chegando aos nossos olhos agora. Ela só morreu para os nossos olhos. Para o universo ela continua viva em algum lugar.
Outro ensinamento que podemos tirar desse texto é que não é a línguagem que separa as pessoas, mas a forma como nós lemos as palavras. A leitura é feita em bloco (lemos a palavra inteira e não letra por letra). A consequência disso é que o significado das palavras, muitas vezes, acaba sendo pervertido pelo que a gente tem dentro da cabeça, e o verdadeiro sentido da mensagem se perde.
Isso nos leva a pensar que a Bíblia talvez estivesse certa quando diz que houve um tempo em que a raça humana falava uma língua só. Talvez naquele tempo não houvesse tantos interesses em jogo, nem muita coisa para as pessoas chamarem de "meu".
Talvez não seja difícil se chegar a isso novamente nos tempos que virão. Ou quem sabe seja possível criar, no futuro, uma língua única, com a qual a humanidade toda possa se comunicar. Já se tentou isso com o esperanto (uma língua artificial), mas até hoje o projeto não vingou.
Há quem diga que isso pode acontecer com o inglês, uma língua de caráter universal, mas essa possibilidade está chumbada a fatores políticos e econômicos, pois a universalidade do inglês está vinculada ao poder que hoje é exercido pelos países que tem essa língua como idioma, como no passado aconteceu com o latim e o grego. E tudo que é imposto, seja por que razão for, um dia acaba sendo removido. Pois língua é elemento cultural e cultura também está sujeita á lei de Lavoisier.
Esse texto nos mostra também que o nosso cérebro foi construído com uma infinita capacidade de assimilação. Basta oferecer a ele uma pista que ele faz o resto. E como diz o autor, quem sabe se a gente se desse as mãos, o nosso cérebro não assimilaria melhor a mensagem sinestésica que o toque das mãos nos trás do que aquelas que as palavras, muitas vezes, construídas ardilosamente, nos induzem a acreditar.
Porque, quando os alicerces sobre os quais nossas crenças e valores são derrubados, a sobrevivência fica mais fácil quando se tem mãos amigas para segurar. As coisas que fazemos se descolam de nós e ficam para trás, como marcas da nossa passagem por aquele caminho. Agora, o amor, o carinho, a amizade, nós levamos junto conosco á medida que nos deslocamos no tempo e no espaço. Isso nem o tempo nem o mar leva.
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(N40 S31 QU3M 3 0 4U70R)
Eu também não sei quem escreveu esse texto. Mas nele eu aprendi, de pronto, duas coisas: a primeira está na mensagem embutida na estória. Que não vale a pena ficar se apegando as coisas que construímos, como se elas fossem parte de nós. Elas não são parte de nós. Nada nos pertence absolutamente. Nem o nosso próprio corpo, que a natureza, ou Deus (seja quem for, ou o que for que controle esse processo) pode tomar a qualquer momento, sem que possamos fazer nada a respeito.
Tudo é passageiro no universo. Como castelos de areia que a onda do mar leva. Enquanto estamos no cone de luz do tempo, como dizem os cientistas ─ e isso significa quase nada em termos de tempo na vida do universo ─ podemos construir e reconstruir muita coisa. E quando fazemos, fazemos para o mundo, não para nós mesmos. E quando o mundo leva o que fazemos, não devemos acalentar a sensação de perda.
Nada perdemos, porque nada é nosso de verdade. E as coisas, as pessoas, tudo no universo (como a teoria da relatividade tem mostrado e a lei da conservação das massas, de Lavoisier, confirma), são eventuais.
No universo nada se perde, nada se cria, e também nada se destrói, mas apenas muda de forma. Isso porque cada coisa (e cada pessoa também) ocupa um ponto relativo no espaço e no tempo, que nunca coincide com outro. Assim, as coisas e as pessoas não se perdem de nós e nós nunca as perdemos. Elas passam por nós e nós passamos por elas.
Enquanto a posição delas no tempo e no espaço está no mesmo cumprimento de onda da nossa, estabelece-se uma relação. Mas como a inércia absoluta não existe, acontecerá um momento em que o universo em movimento levará as coisas e pessoas para outro ponto e a nossa relação com elas deixará de existir. O movimento do universo se encarregará de afastá-las de nós e nós delas.
E nós só as veremos no passado, com os olhos da memória. Como uma estrela morta cuja luz só está chegando aos nossos olhos agora. Ela só morreu para os nossos olhos. Para o universo ela continua viva em algum lugar.
Outro ensinamento que podemos tirar desse texto é que não é a línguagem que separa as pessoas, mas a forma como nós lemos as palavras. A leitura é feita em bloco (lemos a palavra inteira e não letra por letra). A consequência disso é que o significado das palavras, muitas vezes, acaba sendo pervertido pelo que a gente tem dentro da cabeça, e o verdadeiro sentido da mensagem se perde.
Isso nos leva a pensar que a Bíblia talvez estivesse certa quando diz que houve um tempo em que a raça humana falava uma língua só. Talvez naquele tempo não houvesse tantos interesses em jogo, nem muita coisa para as pessoas chamarem de "meu".
Talvez não seja difícil se chegar a isso novamente nos tempos que virão. Ou quem sabe seja possível criar, no futuro, uma língua única, com a qual a humanidade toda possa se comunicar. Já se tentou isso com o esperanto (uma língua artificial), mas até hoje o projeto não vingou.
Há quem diga que isso pode acontecer com o inglês, uma língua de caráter universal, mas essa possibilidade está chumbada a fatores políticos e econômicos, pois a universalidade do inglês está vinculada ao poder que hoje é exercido pelos países que tem essa língua como idioma, como no passado aconteceu com o latim e o grego. E tudo que é imposto, seja por que razão for, um dia acaba sendo removido. Pois língua é elemento cultural e cultura também está sujeita á lei de Lavoisier.
Esse texto nos mostra também que o nosso cérebro foi construído com uma infinita capacidade de assimilação. Basta oferecer a ele uma pista que ele faz o resto. E como diz o autor, quem sabe se a gente se desse as mãos, o nosso cérebro não assimilaria melhor a mensagem sinestésica que o toque das mãos nos trás do que aquelas que as palavras, muitas vezes, construídas ardilosamente, nos induzem a acreditar.
Porque, quando os alicerces sobre os quais nossas crenças e valores são derrubados, a sobrevivência fica mais fácil quando se tem mãos amigas para segurar. As coisas que fazemos se descolam de nós e ficam para trás, como marcas da nossa passagem por aquele caminho. Agora, o amor, o carinho, a amizade, nós levamos junto conosco á medida que nos deslocamos no tempo e no espaço. Isso nem o tempo nem o mar leva.