Sem mágoas e sem rancor

“Escreva as mágoas na areia

e a gratidão na pedra”

A Bíblia nos ensina a ter corações voltados ao perdão e ao amor fraternal. Jesus mesmo nos ensinou que não devemos ter corações rancorosos e amargurados. Devemos estar abertos a perdoar nossos semelhantes não apenas por sete vezes, como sugeriu Pedro, mas até setenta vezes sete, como nosso Mestre nos ensinou (Mt 18:21,22). Isso tudo porque Deus é um Deus perdoador, cheio de terna misericórdia e compaixão. Um Deus que não retém sua ira para sempre, por ter prazer em exercitar sua misericórdia (Mq. 7:18).

A prova maior do amor de Deus por nós é o fato de ter Ele enviado seu único filho para morrer em nosso lugar na cruz do Calvário, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5:8). Se Deus nos amou a ponto de entregar seu filho por nós. Se Cristo nos amou e voluntariamente morreu em nosso lugar, é certo que devemos também ter corações transbordantes de amor, prontos a perdoar, cheios de harmonia, onde não residam mágoas, rancores, ou mesmo falta de perdão.

O autor do livro de Hebreus assim aconselha os judeus convertidos ao Evangelho da Paz: “atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Heb. 12:15). Paulo, o apóstolo aos gentios, também instrui os crentes de Éfeso: “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia” (Ef. 4:31).

Nossa vida deve ser sem amargura, sem cólera, sem ira, ou qualquer outra coisa que venha a nos perturbar, nos roubando a paz que Deus sempre derrama sobre todos os que o temem. O Apóstolo Paulo, ao escrever aos crentes de Colossos, recomenda: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Col. 3:16).

Lembre-se que em momento algum devemos ser duros de coração. Que possamos de fato sempre escrever nossas mágoas na areia e nossa gratidão na pedra!