Retrospectiva

Ele está dirigindo seu carro quando estabelece uma reflexão retroativa,

pensando nos motivos de sobra que ele tem para agradecer a Deus

pelos acontecimentos da sua existência, não importando se foram bons

ou ruins. Ele sabe que, independentemente, da natureza dos eventos

ocorridos durante o seu percurso, a permissão para a operação da

sucessão dos fatos foi concedida porque os resultados, interpretados

pela maturidade, regozijo e gratidão são inspiradores, proveitosos e

encorajadores.

A ampulheta da vida trabalha freneticamente, ela é cruel e impiedosa.

É a própria representação da expressividade temporal da qual temos

juízo a partir de uma determinada idade. Não é uma conscientização

que adquirimos prontamente no estágio inaugural da vida. Portanto,

é um processamento que requer constantes configurações, ajustes e

arranjamentos com o propósito de sedimentar a concreta significação

da circunstância na qual estamos inseridos no minuto vigente.

É uma busca assídua e perseverante pelo discernimento sobre a

dinâmica do universo. No entanto, quando as impetuosidades cruzam

e atravessam o trajeto de um ser humano, a missão do elemento é

decidir se aquela eventualidade terá autonomia para interromper a

sua rota ou se a presumível casualidade ocasionará o nascimento de

uma força propulsora para complementar a aceleração da ampliação do

seu poder adaptativo e versátil, tal como os cientistas consagrados e

imortalizados alegaram que o homem detém no que diz respeito à

eminência e à preponderância sobre as demais espécies biológicas.

A conclusão é obtida enquanto o indivíduo ainda executa o transporte

do veículo da imaginação que, na realidade, é transfigurado pela sua

própria vida, sendo que ele é o condutor da sua rota. Sendo assim,

durante a viagem, o sujeito protagonista dessa pequena história em

formato de uma mensagem, transita por lugares diversos, vivencia

cenas e episódios que permanecerão arquivados na sua memória

cronológica e conhece outros exemplares da sua raça, possuidores das

personalidades mais singulares e habituais.

Por conseguinte, o personagem estabelece uma retrospectiva analítica

e prognóstica do seu histórico linear vitalício e instaura a indefectível

conclusão sobre o seu corrente cronograma, sentindo a gloriosa e

arrebatadora sensação de missão completa, confirmando a declaração

originária da teoria do sequenciamento dos estágios e certificando

que, o objetivo é edificar lembranças intrínsecas para quando

chegar no fim da linha, afirmar que tudo foi válido, que tudo é uma

transitividade e a lua é o retrato figurativo dessa assertiva.

Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 25/12/2018
Reeditado em 03/01/2019
Código do texto: T6534929
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