Retrospectiva
Ele está dirigindo seu carro quando estabelece uma reflexão retroativa,
pensando nos motivos de sobra que ele tem para agradecer a Deus
pelos acontecimentos da sua existência, não importando se foram bons
ou ruins. Ele sabe que, independentemente, da natureza dos eventos
ocorridos durante o seu percurso, a permissão para a operação da
sucessão dos fatos foi concedida porque os resultados, interpretados
pela maturidade, regozijo e gratidão são inspiradores, proveitosos e
encorajadores.
A ampulheta da vida trabalha freneticamente, ela é cruel e impiedosa.
É a própria representação da expressividade temporal da qual temos
juízo a partir de uma determinada idade. Não é uma conscientização
que adquirimos prontamente no estágio inaugural da vida. Portanto,
é um processamento que requer constantes configurações, ajustes e
arranjamentos com o propósito de sedimentar a concreta significação
da circunstância na qual estamos inseridos no minuto vigente.
É uma busca assídua e perseverante pelo discernimento sobre a
dinâmica do universo. No entanto, quando as impetuosidades cruzam
e atravessam o trajeto de um ser humano, a missão do elemento é
decidir se aquela eventualidade terá autonomia para interromper a
sua rota ou se a presumível casualidade ocasionará o nascimento de
uma força propulsora para complementar a aceleração da ampliação do
seu poder adaptativo e versátil, tal como os cientistas consagrados e
imortalizados alegaram que o homem detém no que diz respeito à
eminência e à preponderância sobre as demais espécies biológicas.
A conclusão é obtida enquanto o indivíduo ainda executa o transporte
do veículo da imaginação que, na realidade, é transfigurado pela sua
própria vida, sendo que ele é o condutor da sua rota. Sendo assim,
durante a viagem, o sujeito protagonista dessa pequena história em
formato de uma mensagem, transita por lugares diversos, vivencia
cenas e episódios que permanecerão arquivados na sua memória
cronológica e conhece outros exemplares da sua raça, possuidores das
personalidades mais singulares e habituais.
Por conseguinte, o personagem estabelece uma retrospectiva analítica
e prognóstica do seu histórico linear vitalício e instaura a indefectível
conclusão sobre o seu corrente cronograma, sentindo a gloriosa e
arrebatadora sensação de missão completa, confirmando a declaração
originária da teoria do sequenciamento dos estágios e certificando
que, o objetivo é edificar lembranças intrínsecas para quando
chegar no fim da linha, afirmar que tudo foi válido, que tudo é uma
transitividade e a lua é o retrato figurativo dessa assertiva.