Sobre meu 2018
Hoje eu chorei por me sentir terrivelmente perdida. 2018 pegou minhas certezas e massacrou, uma a uma. Puxou meus cabelos e esfregou meu rosto em verdades que por muito tempo eu evitei. Mostrou que muitas pessoas mentem, são cruéis, não tem consideração, nem respeito pelo sentimento da gente. Dia desses, minha mãe falou: “você confia demais na bondade das pessoas”. Eu neguei, jurei de pé junto que sou esperta e sei quando alguém vai me fazer mal, mas é fato: meu coração é feito maria-mole. Sempre foi. E eu tô cansada. Cansada de ser boa e receber tanta rasteira. Cansada de ser fiel às promessas realizadas e ser deixada para trás com um punhado de esperança nas mãos, cansada de acreditar. Eu passei a vida remendando meu coração para garantir que ninguém se machucasse. Eu calei, deixei pra lá, desejei o bem, afirmei a-vida-vai-trazer-o-que-ele-merece, mas tem dia que dói. Tem dia que dá vontade de gritar: caramba, por que comigo? Tem dia que nada parece certo. Nada mesmo. O problema de evitar explodir, é que a gente acaba implodindo. O estrago por dentro ninguém vê, mas existe. A parte mais triste disso tudo é que, do fundo do meu coração, eu não queria parar de acreditar.