Morrendo todos os dias

A grosso modo podemos dizer que morremos em dois momentos. O primeiro, e inquestionavelmente o mais temido pelo homem, refere-se a mudança de estágio entre os mundos material e imaterial. O outro, de menor impacto, mas não menos importante, recai sobre os que relegam a própria essência de modo intencional ou não. É deste segundo momento que falaremos aqui.

É importante começar destacando que a tristeza, angústia, depressão, ansiedade, aflição, são dentre outros, apenas alguns exemplos que nos distancia da nossa real essência. Estar em plenitude de essência significa dizer que estamos de bem com a vida. Ou seja, de bem com nós mesmos e com os demais.

A pecha de prejulgar parece inexorável em cada um de nós, o que é lamentável. Desse modo, se conhecemos alguém que vem passando por alguma turbulência emocional, estendamos a mão de pronto. Não interessa se tal comportamento nasceu de um acontecimento real ou imaginário. Esse alguém pode estar morrendo e podemos salvá-lo. Pessoas morrem para a vida todos os dias e a todo instante.

Morre-se por decepção amorosa, humilhação, dívida, traição, mentira, ingratidão, e por aí vai. Essa legião de mortos-vivos é acachapante. Contudo, temos condições de trazê-la ao ponto de equilíbrio, mesmo que tenhamos somente simples gestos como um bom dia, um abraço, um conselho, um incentivo, um sorriso. Parece pouco, mas são capazes de desacelerar pensamentos obscuros e frear ações duvidosas.

Se uma cena de violência nos contamina o psicológico isso quer dizer que a nossa essência foi invadida. E assim nos sentimos porque o homem foi criado para ser bom, e não mau. Se no começo não foi bem assim, evoluiu o bastante, e hoje é capaz de compreender perfeitamente o que é condenável ou não.

Contudo, se há os que optam pelas atrocidades e outros são reféns da loucura, ainda assim é possível fazer algo que os levem a caminhos menos tortuosos. Sim, é possível, e que seja com redobrada urgência, porque aqui também existem os que morrem todos os dias, mas em condições muito mais sofrível. Se podemos ajudar que seja agora, pois negar socorro a quem precisa é matar a si próprio.

Dylugon

Dylugon
Enviado por Dylugon em 24/11/2018
Código do texto: T6510841
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.