A Viagem da Vida...
Muitos autores já disseram que viver é como viajar. O embarque ocorre quando nascemos e o desembarque se dá no dia da nossa morte. Assim, a vida é uma viagem com uma característica
peculiar: a de não sabermos em que estação iremos descer. Outros viajantes dividem pedaços do caminho conosco. Também não se sabe quando será a chegada e a partida deles.
A única coisa que está sob o nosso domínio é o tipo de relação que estabeleceremos enquanto nossa permanência no mesmo ponto coincidir.
Não somos a mesma pessoa no início e no fim do percurso. Ao longo dele nos transformamos, pelas trocas realizadas com os que nos acompanham. Há quem pense que a melhor parte
da viagem é o começo, pois se tem um futuro cheio de possibilidades de aventuras. Contudo, não passam de expectativas. Os verdadeiros bens provêm dos acontecimentos efetivamente
vividos. Por isso, ninguém deveria se lamentar pelo trecho que vem pela frente se tornar cada vez menor que o trecho que ficou para trás, pois significa que o espaço vazio
diminuiu, ao ser ocupado com fatos concretos, que compõem a riqueza de uma história plenamente escrita.
Envelhecer é um privilégio concedido a poucos. Não existe garantia de que continuaremos na estrada após a próxima curva. Portanto, que nenhum centímetro passe em vão! Os mínimos
detalhes merecem ser valorizados, pois o que determina seu tamanho é o nosso olhar sobre eles. À medida que avanço nessa travessia, percebo que a melhor bagagem que levarei
comigo são as experiências mais simples (porém as mais importantes também), como as horas que compartilhei com um ser querido aquilo que desperta meus sentimentos, seja a
frase de um livro, um desenho, uma paisagem ou a letra de uma música. Quando surgir a chance de dar amor e fazer alguém sorrir, não deixemos para depois!