A MINHA MELHOR VERSÃO.
A MINHA MELHOR VERSÃO.
Os defeitos nos incomodam, as limitações nos incomodam.. e também nos incomodam as diferenças. Justamente por nos incomodar, tendemos a colocar tudo no “saco” dos defeitos, que é necessário corrigir…obviamente pelo bem do outro! Se levassemos de fato a sério aquele discurso decorado de que: "Ninguém é igual" e que por tanto cada um é irrepetível, teríamos que concluir, em primeiro lugar, que todos somos diferentes entre nós.
Não importa o quanto eu me esforce para te mostrar MINHA MELHOR VERSÃO, enquanto você não for capaz de distinguir a minha limitação dos meus defeitos, minha melhor versão, será sempre a pior aos teus olhos.
A grande questão é que o maior desafio, não é exatamente ajudar o outro a consertar seus defeitos, e sim identificar os meus, e imaginar o quanto eles incomodam também.
Exigimos tanto das pessoas, mas veja só como somos: O amigo, namorada(o), irmão, colega, tem dezenas de qualidades, e por conta de um único defeito, o taxamos como: "imprestavel". Imaginemos agora, que acabamos de destruir A MELHOR VERSÃO desta pessoa, ao invés de fortalece-la!
Embora seja, EGOISTAMENTE fácil apontar o dedo na face do outro, para diminui-lo ante a nossa reprovação do seu comportamento, reconheçamos que também temos uma bagagem genética nada agradável, e que temos LIMITAÇÕES, e não DEFEITOS. Aliás, quão importante é sabermos a imensa diferença entre: Defeito e Limitação. Quando soubermos conceituar cada uma, teremos enfim, a incrível habilidade de enxergar: A MELHOR VERSÃO do outro. Essa “melhor versão” é única para aquela pessoa: diferente de qualquer outra “melhor versão”, incluindo a que nós desenhamos para ela.
Existem diversas coisas que podemos realizar com extrema facilidade, o fato de o outro não as realizar da mesma forma, não identifica DEFEITO, e sim, uma LIMITAÇÃO. Aprecie as qualidades que lhe faltam, e que estão no outro, sem depedrar as limitações dele, que tu também tens. Então tentemos ao menos aprender:
As diferenças, temos que amá-las e incentivá-las, por mais que nos possam irritar.
As limitações temos que ter em conta, para não exigir de alguém aquilo que não pode dar e, sobretudo, para ignorar e focar nossa atenção em suas qualidades e pontos fortes, que é aquilo que devemos incentivar.
E quanto aos defeito? Essa é a parte mais difícil, e provavelmente a única que nossa maior tendência seja, não ignorar o defeito, mas a pessoa que o tem. Contrariando a todos, eu afirmo que: os defeitos devem chegar a produzir ternura em mim. Ignorar as pessoas pelos defeitos, pelas limitações, diferente do que se supõe, não te faz melhor, não te coloca em grupos superiores e, ou mais evoluídos. Não meus caros! Ignorar os defeitos e limitações alheias, simplesmente anula a tua MELHOR VERSÃO humana. O amor próprio é fundamental, todavia sem valor algum, quando engessa meu caminhar, me impedindo de chegar a amar o outro...
(Hámilson Carf)