Estradas da vida.
 

As estradas se divergem em alguns trechos do caminho.

Elas poderiam ser mais livres se não houvessem tantos desvios e curvas.

Muitas vezes, ficamos parados por algum tempo, olhando para qual direção seguir e, no final, pegamos os trechos onde o mato se dobra.

Há também trechos com barreiras onde encontramos dificuldades para passar.

Quando uma estrada não está boa, outras estradas surgem e as barreiras desaparecem.

Geralmente, quando não há barreiras, encontramos belas companhias pelas estradas.

É o trecho da harmonia. Quando surge a parceria, a admiração e a cumplicidade. São os trechos dos companheiros, dos interesses.

É quando sonhamos demais e sentimos de menos. Queremos viver a nossa felicidade e esquecer a infelicidade dos outros.

Não tendo barreiras pelas estradas, a velocidade dos passos aumenta e tudo chega mais rápido.

Mas nem todas as estradas são livres até o seu final. Há alguns com porteiras que poderão estar abertas ou fechadas, dependendo do seu roteiro.

São as porteiras do destino. Se você vai bem, infinitas porteiras se abrem. Se você vai mal, as porteiras se fecham.

Quando isso acontece, as estradas se tornam difíceis e as companhias cruéis e impiedosas.

É o momento em que as porteiras vão se fechando e surgem enormes pedras pelo caminho.

O tempo, que era belo e luminoso, agora está escuro e com nuvens negras.

É quando se perde a afeição, perde-se o rumo e esfria o coração.

É o momento do desinteresse, pois os companheiros que antes estavam ao seu lado, agora estão do outro lado da porteira.

Só nos resta a porteira da esperança. E é nesta porteira que cruzamos com os verdadeiros amigos.

É quando sonhamos de menos e sentimos a necessidade de ajudar uns aos outros.

As estradas da vida são assim.


Vejam em vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=5m3mmDGmik4
 
Luiz Gonçalves Martins
Enviado por Luiz Gonçalves Martins em 30/06/2017
Reeditado em 30/06/2017
Código do texto: T6041534
Classificação de conteúdo: seguro