Obstinado
"Começo sempre que preciso,
Faço, refaço,
Procuro, acho e volto a procurar.
Por vezes tenho voltado ao início, não do mesmo fazer, mas de outros caminhos que se abrem e exigem de mim um não parar, um novo agir.
Afinal, pra quê parar? Não sei parar, não consigo parar. Tenho medo do fim de tudo, porque e depois dele o que se faz? Gosto mesmo é dos começos, porque o início de tudo significa que terei muito por fazer, muito a executar, um longo caminho a trilhar.
No fundo mesmo gosto é de executar, de planejar, de estar em movimento, de agir.
Sou elétrico, gosto de me perceber, de estar realmente vivo e agir, e fazer e voltar a fazer como uma vida de um autêntico, de um obstinado pelo eterno ato de sempre recomeçar".