Nono passo
Parei pela terceira vez para escrever algo sobre o qual tenho muito a dizer. Como se nada do que eu tenha escrito fosse, em breves palavras, resumir o que construímos com o passar do tempo. Como se o tamanho dessa construção não coubesse na métrica. Como se, ainda que eu tentasse descrever as aspirações de cada uma e de cada um de nós, me deparasse com infinitas novidades... Foram tantas andanças pelo caminho, tantos passos dados, e o conjunto de todos eles formaram o que chamamos de hoje, o futuro então presente. Os olhares lançados que disseram tantas coisas enquanto parecíamos calados, e que com os mesmos olhos silenciaram-se, ainda que estivéssemos a ponto de falar... Olhares que contemplaram dias de sol e dias nublados, que se alegraram ou se entristeceram inúmeras vezes, foram capazes de perceber, ainda que não soubéssemos interpretar, capazes de responder, embora não fizesse sentido algum, o que de fato vivemos. Não restam dúvidas de que tudo o que passamos não foi em vão... Os dias nos fizeram mais fortes, mais preparados, conscientes de que somos capazes de ir além, esperançosos quanto ao que há de vir e perseverantes, ainda que receosos... Que a esperança transborde em nós, sem ansiedades. Sabendo nós esperar e em Quem confiar em tempo certo. Que embora estejamos confusos, incertos sobre o que virá, nos inquietando ao passar o tempo, saibamos descansar... E que ao descansarmos possamos desfrutar da paz que excede o nosso entendimento. Os fins encontram novos inícios, e aos inícios novos passos são necessários para que se tornem presentes. Portanto, viva o fim presente com esperança de que o que te espera é apenas o principio. Ao décimo passo! Deus nos abençoe!
Laíse Costa Oliveira