O futuro e os temores
Os temores...
Os temores sucumbem quando a alça que leva ao horizonte da nossa vida pode ser alcançada. Para isso, basta soltar-se ao degelo e dar o primeiro passo.
Apesar da condição aparentemente utópica e etérea que uma alça, horizonte e vida possam representar ao leitor cartesianista, é essa condição que nos mantém imantado à vida e ao universo.
A vida...
Sob uma visão holística da vida, percebemos que a cadência é importante, mesmo que as vezes as passadas tenham que ser descompassadas, ligeira em alguns momentos e lenta em outros. Apesar disso, seguir caminhando para que possa desbravar, evoluir e integrar-se ao ambiente e às suas belezas, que as vezes parecem estar camufladas, aos seus perigos, que as vezes parecem não existirem, ou às suas oportunidades, que as vezes parecem tão distantes. Belezas que chegam e são percebidas no colo do amor, os perigos que chegam naturalmente pela condição da vida que segue em eterno movimento e as oportunidades que chegam nas bifurcações ou na necessidade de abrir novas picadas, que serão as setas para aqueles que virão depois.
A pausa...
Se nada disso fizer sentido e o corpo seguir extenuado e clamando por ajuda, é chegada a hora de uma pausa para recostar-se e aliviar a carga que carrega sobre as costas, libertar os pés os deixar respirar, renovar vigorosamente e repetidamente o ar enclausurado e adormecido nos pulmões, hidratar o corpo para que sistema corporal circulatório possa voltar a trabalhar de forma fluídica.
Descanse seus olhos terrenos e reconecte-se ao espírito, que também está carente de você, e permita-se mergulhar no oceano da vida em permanente movimento, sem exigências e sem pedidos... apenas agradecimento.
A retomada...
Depois, retome a jornada à vida aceitando o estresse das provações e das experimentações como a alavanca para a perenidade, que se transforma e se renova com maior proficuidade se potencializada com as decisões tomadas ao alvorecer, sob a luz, após o recolhimento e o descanso da madrugada.