AS COISAS ANTERIORES JÁ PASSARAM
Comumente, pode-se dizer que nenhum pai condenaria o seu filho a própria morte. Seguindo essa linha de raciocínio, se pode deduzir com grau maior de intensidade, que Deus não criou os seus filhos para cumprirem um ciclo curto de vida. O estudo perspicaz das Escrituras Sagradas informa de modo inequívoco e inteligente, que a morte surgiu no cenário humano como um acidente de percurso. No entanto, para fazer valer o seu propósito inicial de vida eterna para a criação humana, logo após o referido incidente (desobediência deliberada dos nossos primeiros pais humanos), o grandioso Criador providenciou o resgate da humanidade do pecado e da morte herdados, fazendo isso por meio da morte sacrificial do seu filho unigênito e primogênito, Jesus Cristo. A partir de então, através da esperança da ressurreição de justos e de injustos, bondosa e imerecidamente, o Deus de ternas afeições devolveu ao homem o benefício de dias sem fim. Quando esteve na terra, dentre outros milagres, Jesus ressuscitou mortos porque além de se importar genuinamente com os seus semelhantes, pretendia demonstrar em pequena escala o que seria capaz de fazer em escala mundial, no momento designado para esse fim. A respeito dos dias vindouros, vivemos agora em tempos de expectativa, aguardando o cumprimento da promessa de Deus para a humanidade, hospedada precisamente no livro de Apocalipse 21:4 "Ele (Deus) enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” É notório que trata-se de uma promessa para a frente, e que certamente NÃO ocorrerá nos céus após a morte de alguém, haja vista, não existir referência de morte nos céus. A garantia dos dias melhores prometidos pelo autor da Bíblia na passagem supra mencionada, se relaciona com usufruto terreno. O fato de não nos conformarmos com a morte é por si só, uma prova robusta de que Jeová Deus tenha incutido na nossa mente e no nosso coração o desejo de vida para sempre. Ele criou pessoas e terra para se eternizarem no tempo, não para abandoná-las em seguida. Lembro-me bem de ter perguntado a minha querida avó, quando contava com 86 anos de idade, se ela já havia vivido tempo suficiente, e obtive a seguinte resposta: "Minha filha, parece que foi ontem que fiz 15 anos, não me canso de dias, queria mais, muito mais". Aquela resposta agora começa a fazer sentido. Certamente faria das palavras dela, as minhas, caso me fosse hodiernamente direcionada a mesma pergunta. Quão maravilhoso será o dia em que a humanidade, sob o Reino de Deus, debaixo de condições favoráveis, poderão em uníssono dizer: "AS COISAS ANTERIORES JÁ PASSARAM"!