Dia de Domingo e não Sábado. Dê testemunho público de sua fé: Jo 16, 12-15 "... o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade."

5.6 O “shabbat” da criação

O sábado é dia santificado, festa da criação. É dia de paz. É o

ponto de partida para a compreensão da criação e do

reconhecimento de Deus como Criador.

Através do repouso, do silêncio, da fruição e da contemplação, as

criaturas reconhecem Deus em suas obras. Isto abarca o indivíduo

em corpo, mente, espírito, bem como família e sociedade.

Neste dia, a criação se reveste de tranqüilidade, proteção e

prosperidade. O sábado se associa ao “dia da justificação” judaico

que visa à glorificação de Deus. É o dia da salvação! Amplia-se até

a prescrição do ano sabático como o ano da graça do Senhor (Lv

25; Is 61,1-2; Lc 4,19).

Moltmann chega à conclusão que não basta retornar às práticas

judaicas. O importante é vincular a festa cristã – o domingo – à

festa judaica, com seu início na noite do sábado. Assim, dar-se-ia o

reconhecimento da celebração judaica do sábado com a criação do

mundo no “princípio”. No cristianismo, o domingo seria celebrado na

perspectiva da “nova criação”, da resssurreição de Jesus, com

esperança escatológica.

Ele afirma que é preciso rever o sentido do descanso semanal e

celebrá-lo com a criação (descanso ecológico). Este caminho há de

pautar-se na paz que o sábado irradia e se projeta para o futuro da

criação.

6. Conclusão

Diante dos problemas apresentados pela crise ecológica à teologia,

na atualidade, o autor afirma que não existem soluções românticas.

Ele propõe a adoção de novas práticas na relação com o

ecossistema. Afirma que a teologia precisa discutir e confrontar-se

com maior compromisso junto à realidade política, social,

econômica, científica e religiosa na modernidade. E a questão

ecológica é uma grande chave.

Moltmann chega à conclusão de que é preciso avivar e ressignificar

as relações entre todos os seres vivos. Uma teologia da criação, em

perspectiva ecológica e trinitária, fornece as chaves necessárias

para esta nova configuração.

É urgente a adoção de posturas cristãs voltadas para a

sustentabilidade, para a continuidade dos ciclos de vida na Terra.

Essa será animada por uma espiritualidade ecológica e trinitária.

É fundamental a formação de parcerias, pactos/alianças (Aliança

Ecológica) a fim de preservar o Planeta da destruição. A Terra não

suportará, por muitos anos, a agressão que sofre. A humanidade

corre o risco de ser expulsa de seu território, de sua pátria. Ela

precisa assumir posturas e atitudes de reciprocidade, em relação ao

seu meio ambiente.

Conforme o tema da dissertação – Deus na criação: Abordagem

Ecológica e Trinitária na Teologia de Jürgen Moltmann –, Deus

interage na natureza. Ele não a domina. Reina sobre ela de forma

amorosa. Articula-se com ela, pois Deus está criação, ao mesmo

tempo que se relaciona com ela como algo distinto de si mesmo.

Embora seja exaustivo e apresente uma obra de fôlego, Moltmann

não responde a todas as indagações da teologia ecológica. Ele

simplesmente abre caminhos, de forma consistente. Quando ele

escreveu “Deus na criação”, o grande problema ecológico era a

ameaça da destruição do planeta devido ao uso da energia nuclear.

Hoje, a questão mais grave é a mudança climática, devido ao

aquecimento global.

A partir de Moltmann, a teologia ecológica da criação há de

professar novas formulações sobre Deus, afirmado nas criaturas

como dom recíproco. Contribuirá para a naturalização do ser

humano e a humanização da natureza, entendidos como parceiros

universais na comunhão ecológica mundial e na relação integral

com Deus criador.

Portanto, o estudo de Moltmann – o teólogo da esperança –

confirma que a teologia deve ser contextualizada à luz da

esperança, sem perder nada de profundidade. O caminhar teológico

há de promover uma revisão do antropocentrismo e do teocentrismo

cosmológico em vista de uma nova maneira de pensar e de agir

junto à natureza. Assim, ganhará maior credibilidade e será fiel à

revelação bíblica.

FONTE:

http://www.faculdadejesuita.edu.br/documentos/031111-albino.pdf

______________________

Evangelho de 4ª feira (04-05-2016)

At 17, 15.22 - 18, 1; Sl 148; Jo 16, 12-15

Evangelho do dia

Jesus disse aos seus discípulos: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade.

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Recadinho

- Sua comunidade consegue caminhar por si ou fica dependendo em tudo dos padres?

- Você tem devoção ao Espírito Santo? Em que consiste?

- Você dá testemunho público de sua fé? Dê um exemplo.

- Você tem conhecimento de alguma perseguição que se faz hoje contra a Igreja?

- Deus aguarda pacientemente nossa conversão. Você tem conseguido melhorar sua vida? Em que sentido?

Papa visitará a Armênia e o Azerbaijão

Índia: Nossa Senhora dos Milagres atrai multidões em Goa

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Por que a Igreja guarda o Domingo e não o Sábado?

Antigo Testamento, Catecismo da Igreja, Felipe Aquino, Jesus Cristo, São Jerônimo, São Justino

O motivo mais importante é que Jesus Cristo ressuscitou no Domingo, inaugurando a “nova Criação” libertada do pecado. Assim o Domingo (= dominus, dia do Senhor) é a plenitude do Sábado judaico. Sabemos que o Antigo Testamento é um figura do Novo; o Sábado judaico é um figura do Domingo cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:

§2175 – “O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da lei preparava o mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11)”.

Os Apóstolos celebravam a Missa “no primeiro dia da semana”; isto é, no Domingo, como vemos em At 20,7: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a fração do pão…” Em Mt 28, 1 vemos: “Após o Sábado, ao raiar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ao Sepulcro…” Em Ap 1, 10, São João fala que “no dia do Senhor, fui movido pelo Espírito…” e a coleta era feita “no primeiro dia da semana” (1Cor 16,2).

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A Epístola de Barnabás (74 d.C.) um dos documentos mais antigos da Igreja, anterior ao Apocalipse, dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabás 15:6-8).

Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir no Coliseu de Roma, bispo, dizia: “Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte” (Carta aos Magnésios. 9,1).

“Devido à Tradição Apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o dia do Senhor ou Domingo” (SC 106). O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois do seu “repouso” do grande Sábado, inaugura o dia “que o Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso”. (Cat. §1166)

São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67).

São Jerônimo (†420), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52)

Desta forma a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição da Apostólica nos mostram porque desde a Ressurreição do Senhor a Igreja guarda o Domingo como o Dia do Senhor.

Prof. Felipe Aquino

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Daniel

Não é uma pergunta difícil de responder:A Igreja guarda o dia de Domingo,pois esse é o dia da Ressurreição de Cristo.O dia sagrado da Antiga Aliança era o Sábado,e o da Nova Aliança é o Domingo.Há alguns grupos cristãos que guardam o Sábado,mas isso é influência dos judaizantes.São Paulo vivia discutindo com cristãos de origem judia que forçavam os cristãos de origem pagã à seguir a Lei de Moisés.

Alex A. Borges - O Papa João Paulo II dedicou uma encíclica inteira ao Domingo. Chama-se Dies Domini (Dia do Senhor).

Edem de Almeida - Vale a oportunidade da citação do Prof. Felipe da obra de São Justino para mostrar como a Missa dos primeiros cristãos e a nossa Missa de hoje são idênticas(quando a comunidade não resolve inventar coisas para torná-la “mais legal”).

A nossa unidade católica também diz respeito não só à mesma fé, mas na forma de expressar essa mesma fé, no tempo e no espaço:

“No chamado dia do Sol (domingo), reúnem-se em um mesmo lugar todos os que moram nas cidades ou nos campos.

Leem-se as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo permite.

Terminada a leitura, aquele que preside toma a palavra para aconselhar e exortar os presentes à imitação de tão sublimes ensinamentos.

Depois, levantamo-nos todos juntos e elevamos as nossas preces; como já dissemos acima, ao acabarmos de rezar, apresentam-se pão, vinho e água. Então o que preside eleva ao céu, com todo o seu fervor, preces e ações de graças, e o povo aclama: Amém. Em seguida, faz-se entre os presentes a distribuição e a partilha dos alimentos que foram eucaristizados, que são também enviados aos ausentes por meio dos diáconos.

Os que possuem muitos bens dão livremente o que lhes agrada. O que se recolhe é colocado à disposição do que preside. Este socorre os órfãos, as viúvas e os que, por doença ou qualquer outro motivo se acham em dificuldade, bem como os prisioneiros e os hóspedes que chegam de viagem; numa palavra, ele assume o encargo de todos os necessitados” (Justino – I Apologia Cap. 66-67 : PG 6,427 – 431).

“Designamos este alimento eucaristia. A ninguém é permitido dele participar, sem que creia na verdade de nossa doutrina, que já tenha recebido o batismo de remissão dos pecados e do novo nascimento, e viva conforme os ensinamentos de Cristo. Pois não tomamos estas coisas como pão ou bebida comuns; senão, que assim como Jesus Cristo, feito carne pela palavra de Deus, teve carne e sangue para salvar-nos, assim também o alimento feito eucaristia (…) é a Carne e o Sangue de Jesus encarnado. Assim nos ensinaram.” (Primeiro livro das Apologias de Justino, pag. 65-67.)

Giovanne - O sábado como eu disse, já existia antes dos mandamentos… Vejamos a razão do sábado estar entre os mandamentos: « Recorda-te de que foste escravo do país do Egipto, donde o Senhor, teu Deus, te fez sair com mão forte e braço poderoso. É POR ISSO que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de Sábado » (Dt 5,15)…. Agora,depois que passou-se a sombra do que havia de vir, a realidade é CRISTO!… O fato é que Deus escolheu o domingo, o fato é que Deus fez a verdadeira libertação no domingo, ao ressuscitar… e o fato é que a criação bela e perfeita como Deus a sonhou, foi consumada no domingo, na salvação, na ressurreição!… Isso complementa o que eu disse anteriormente!..

Giovanne - É por isto que o TESTEMUNHO dos PRIMEIROS CRISTÃOS citados no artigo do Prof Felipe são a realidade toda do cristianismo primitivo a respeito do dia do Senhor (Domingo)… Iluminados pelo Espírito Santo que Jesus prometeu, eles notaram esta bela e magna realidade dominical.

Cris - Se este é um site católico o que as pessoas de outras religiões vem discutir, isto é o que cremos, ponto e acabou se vcs não concordam não criticam.

E mais uma coisa os adventistas não fazem nada aos sábados, mas lembre-se JESUS fez milagres no sábado. Sem mais!!

Álvaro - Podemos discutir tanto sobre estas duas realidades Sábado ou Domingo, sobre a violação ou não dos mandamento, o que é certo é que apegando-se cada um nos argumentos que as suas bases doutrinais fornecem nunca chegaremos a consenso e também acredito que não foi este o objetivo do Professor Filipe, convencer ou mudar o coração dos irmãos que têm o Sábado como o dia reservado para adorar a Deus. O professor Filipe quer de modo substancial ajudar aos próprios Católicos melhir entenderem a razão de guardarmos o Domingos e todos outros dias, pois os católicos louvam a Deus 24 sobre 24 h, tem missas todos os dias, pois todos os dias pertencem a Deus.

Usando como fundamento do nosso argumento as Sagradas escrituras, quando Jesus resumiu os dez mandamentos deu prioridade a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc. 12:28-34): Jesus não colocou no seu resumo ao dia em que Deus deveria ser adorado. E o que é ainda mais interessante é que o mais importante não é o dia em que adoramos a Deus, mas sim como adoramos e como vivemos Deus no nosso dia. Pois disse Jesus nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor entrará no reino dos ceus (Mt 7:21-23). Ainda seria interessante ver como é que Jesus guardava o descanso do Sábado, Ele ia à Sinagoga, cura dentro da sinagoga, permitia que os seus discípulos colhessem trigo, etc. Portanto, não façamos da religião um campo de batalha e nem utilizemos a bíblia como uma arma com qual devemos matar as outros filhos de Deus. Deus é Pai para todos nós, Deus é misericordioso. Não jugueis para não serdes julgados (Mt 7:1), e S. Paulo nos pede para não julgarmos antes do tempo, o único juiz e o Senhor 1Cor 4:1-5).

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/01/21/por-que-a-igreja-guarda-o-domingo-e-nao-o-sabado/

Santuario Nacional Av. Dr. Julio Prestes, SN Aparecida, SP, CEP 12570-970 - Cx Postal 41 e Brasil.
Enviado por J B Pereira em 04/05/2016
Reeditado em 14/05/2016
Código do texto: T5625381
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