Abram as asas

Para que cresçam, os filhos têm que voar. E é para isso que os ensinamos, para as adversidades da vida. Se eles ficarem o tempo todo debaixo de nossas asas envelhecerão sem amadurecer, sem dar os seus próprios frutos. Cabe a nós incorporar, dentro do vazio que fica, a felicidade que eles buscam nos seus voos. Nossa alegria não deve seguir nas suas bagagens, pois sem ela os perderemos sem perceber. Nosso mérito consiste em saber ensiná-los a pilotar bem, para que eles retornem sempre que precisarem e com uma boa aterrissagem, mesmo que o tempo não esteja bom, mesmo que seja para se despedir de novo, mesmo que seja nossa a última despedida.