Somos todos filhos de Orixás

Divindades, deidades, guias, protetores, falangeiros, capangueiros, macumbeiros, magos, bruxos, ogans, cambonos, fiscais, assistências, cavalos, médiuns, medianeiros; não importa a denominação, somos todos filhos de ORIXÁS.

Somos combatidos, endemonizados, violentados, preconceituados, mas nada me afasta de fazer o bem.

Se sou filho de Iansã, Yemanja, Xango, Ogun, Oxossi, se trabalho pra Obaluaê, Omulu, pras Almas na cura.

Nas demandas, nas contrárias, nas pendengas, nos olhos gordos, nas invejas, nas distorções impostas por nós mesmos.

Não importa a necessidade e a diculdade, estou para servir.

A dor, essa eu conheço bem, aliás, sempre vai e volta, e isso não me preocupo mais.

Não me permito sentir tristeza, decepcionado, pois não tenho mais esse tempo.

E por falar em tempo, quanto tempo mais eu tenho, antes que eu parta?

Pouco importa, o que importa é eu não desperdiçar (gastar de maneira exagerada; esbanjar: desperdiçar toda a herança em alguns meses. Usar de maneira irresponsável; não aproveitar da melhor forma possível; perder: torneira abertas desperdiçam água; desperdiçava energia com discussões inúteis.)

O que importa pra mim é o trabalho constante, esse sim é fundamental, a melhor ferramenta para meu burilamento.

Eu tenho dentro de mim a responsabilidade de sempre fazer o melhor.

Por isso estudo diariamente. O aprendizado me traz a certeza, através de uma comparação interna, o que é certo, o que é errado.

E como eu sei o que é certo o que é errado dentro de nosso dia a dia.

Eu nunca sei ao certo, mas cada vez que pego um livro, viro uma nova página, sei que hoje eu já tenho mais discernimento hoje do que tinha ontem e terei muito menos hoje do que amanhã.

Nada me cansa, e o cansaço do dia a dia, tenho a noite pra me reenergizar, e nem a noite me faz parar.

Se os espíritos superiores trabalham sempre, eu, um espírito inferior, imperfeito, tenho que seguir os grandes Mestres.

O que importa eu nunca parar, sempre produzir, sempre, virar a próxima pagina do livro e aprender mais.

Não tenho tempo pra me sentir casado, angustiado, com tristeza. Não me permito.

Estou sempre esperançoso, pelo que ainda tenho que aprender.

A me relacionar melhor com aqueles que me são próximos, e os que virão no momento certo a serem próximos, aqueles que virão somar suas experiências as minhas, e essa troca será bem vinda.

Não me sentirei ultrapassado, como aquele gravador de fita, que acabou todo enrolado.

Eu serei sempre a atividade e perfeita organização celular que fui concebido através da misericórdia de Deus.

Eu sempre vou buscar o meu melhor, não para ser o melhor entre os melhores, mas para tirar da minha essência o melhor.

Do meu aprendizado, ficará em mim apenas o que eu partilhar, dividir com meu irmão, minha irmã.

Com aquele que parou e ouviu a voz do meu coração.

Aprender, como aprendi, a ouvir as mensagens maravilhosas que são passadas todos os dias...

Eu não tenho tempo pra ficar chocado, revoltado, eu tenho que começar a mudar o mundo, e pra começar, tenho que começar direito. Tenho que começar a me mudar.

Como diz um sábio Preto Velho, que temos que ser hoje melhores do que ontem, e amanhã melhores do que hoje, e não parar nunca, parando imediatamente de reclamar.

Não tenho tempo pra me sentir triste. Tenho é que agradecer, por todos os tropeços que tive na vida, pois olhando pelo lado bom, mesmo caindo, sempre foi pra frente.

Não tenho tempo pra me sentir feliz, porque não devo parar para ficar regalando algo ou alguma coisa que sei será passageira, assim como a tristeza que as vezes tenta se instalar em mim, mas nem pra ela eu dou um tempo pra lamentar.

Sou frio, calculista, que dera, talvez ai tudo isso seria mais fácil, e como tenho sentimentos, como dizem, não tenho sangue de barata, volto sempre a me concentrar.

Melhorar é preciso, e isto não me basta, quero mais, tenho sede, quero ser o que nunca fui.

Porque assassino, ladrão, mentiroso, malfeitor, corrupto, tá cheio e quero nesse caso me nivelar por baixo, o mais baixo possível.

Aprendo com os erros que vejo, e até pelos que participei num passado, não muito distante.

Essa minha encarnação tem que ser diferente de tudo que eu ja vivi, pois como dizem, reencarnação é a repetição da matéria ou matérias que fui reprovado nas vidas anteriores.

Tenho que deixar pra trás meus dogmas, meus erros, meus preconceitos, meus paradigmas, minhas intolerâncias.

A única ferramenta que tenho pra essa reforma íntima, é o trabalho, dividindo o que aprendi e ensinando, colocar em prática em mim todos esse conhecimento adquirido.

Quanto tempo me resta? Pouco importa, não posso fazer da minha única oportunidade, parar pra pensar nisso e perder a oportunidade maravilhosa.

É só pra isso que vim.

Evoluir sempre.

Saravá.

Texto psicografado Um espírito amigo

Roberto F Storti e Um espírito amigo
Enviado por Roberto F Storti em 13/10/2015
Reeditado em 13/10/2015
Código do texto: T5413095
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