AGINDO E REAGINDO

Deixei-me sincero e livremente marcar

Em meandros da vida quase pouco marquei.

Abandonei-me ardorosamente em amar

E indistintamente muito mais amei.

Na multidão me pus a chorar.

Por vezes, sozinho, solitário chorei.

Com os mais fracos fui me alegrar.

Ao reencontrar velhos amigos me alegrei!

No desgosto alheio me postei a pensar;

Que infeliz é o mundo hodierno, pensei.

E quando tive que pressionar, questionar,

Ante olhares raivosos, pressionei e questionei.

E quando receio, não poderia perguntar

Criando coragem, sem enleios perguntei.

Ante as dificuldades, poderia duvidar;

Sóbrio, firme e sereno, não duvidei.

O caminho dos pobres fui pisar.

Em meio aos sofrimentos deles pisei.

Busquei jamais desanimar

No sofrimento quase desanimei.

Fatigado já nem mais sabia orar

Quando busquei forças e orei.

E quando não havia por que confiar

Foi, então, que mais em Ti confiei.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 30/08/2015
Reeditado em 22/09/2017
Código do texto: T5364564
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