AGINDO E REAGINDO
Deixei-me sincero e livremente marcar
Em meandros da vida quase pouco marquei.
Abandonei-me ardorosamente em amar
E indistintamente muito mais amei.
Na multidão me pus a chorar.
Por vezes, sozinho, solitário chorei.
Com os mais fracos fui me alegrar.
Ao reencontrar velhos amigos me alegrei!
No desgosto alheio me postei a pensar;
Que infeliz é o mundo hodierno, pensei.
E quando tive que pressionar, questionar,
Ante olhares raivosos, pressionei e questionei.
E quando receio, não poderia perguntar
Criando coragem, sem enleios perguntei.
Ante as dificuldades, poderia duvidar;
Sóbrio, firme e sereno, não duvidei.
O caminho dos pobres fui pisar.
Em meio aos sofrimentos deles pisei.
Busquei jamais desanimar
No sofrimento quase desanimei.
Fatigado já nem mais sabia orar
Quando busquei forças e orei.
E quando não havia por que confiar
Foi, então, que mais em Ti confiei.