Carta ao Bom-velhinho
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2005
Papai Oel, dia
Meu nome é Maria Luísa – minha pima me chama de Maissa, ela, a Maria Clara só tem um ano e... não sei – e tenho cinco meses, é meu pimeiro Natal.
Bigado papai e mamã, eles pessoas boa, dá carinho, leitinho, futa: manana, maçã, pêra, mamão (não gosto de mamão, mas a mamã diz que é bom) e como tudo.
Não chupo pepeta, mas adoro o meu dedinho. Não quero pedi nada pa mim, poque eles me dá tudo que peciso, mas to tiste, poque quando papai e mamã me leva pa passear, eu vejo quianças na rua, sem colinho, sem papá, sem futa, sem nada... Poque, Papai Oel? Dá pesente pa elas, pode sê: uma casa, não é casa que papai diz, é lar, família; dá manana; dá leite; dá esperança pa elas... E eu serei mais feliz ainda, nos próximo Nata, Natals - ah, pural é difícil - se um dia não tiver quianças com fome no mundo.
Papai Oel, bigado por tudo, eu te amo
Maria Luísa Mattos Schocair
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2005
Papai Oel, dia
Meu nome é Maria Luísa – minha pima me chama de Maissa, ela, a Maria Clara só tem um ano e... não sei – e tenho cinco meses, é meu pimeiro Natal.
Bigado papai e mamã, eles pessoas boa, dá carinho, leitinho, futa: manana, maçã, pêra, mamão (não gosto de mamão, mas a mamã diz que é bom) e como tudo.
Não chupo pepeta, mas adoro o meu dedinho. Não quero pedi nada pa mim, poque eles me dá tudo que peciso, mas to tiste, poque quando papai e mamã me leva pa passear, eu vejo quianças na rua, sem colinho, sem papá, sem futa, sem nada... Poque, Papai Oel? Dá pesente pa elas, pode sê: uma casa, não é casa que papai diz, é lar, família; dá manana; dá leite; dá esperança pa elas... E eu serei mais feliz ainda, nos próximo Nata, Natals - ah, pural é difícil - se um dia não tiver quianças com fome no mundo.
Papai Oel, bigado por tudo, eu te amo
Maria Luísa Mattos Schocair