O NATAL DOS POLITICAMENTE INCORRETOS

Já tive mais Natais do que terei pela frente. Então, remindo o tempo, serei ao menos honesto e ousado nesta mensagem, sob o risco de polarizar opiniões.

Nesta época gosto de enviar mensagens natalinas aos amigos e conhecidos, pois paz, amor e união na família são ingredientes essenciais para degustar os sabores do Natal. Porém, hoje estou privando-me desta gentileza neste texto, pois ficou permeado de toques perspicazes. Se você não está habituado com pensamentos mais penetrantes, poupe-se e termine a leitura no próximo parágrafo.

Caso você tenha escolhido parar por aqui, fique com meus sinceros votos de um super hiper mega feliz Natal a você e família!🤗

Se você quer dias natalinos de alegrias superficiais, recomendo que evite as mensagens cristãs e mensageiros autênticos! Por que? Porque eles podem tornar seu Natal mais profundo e reflexivo, especialmente aqueles que, como cabos de aço, sustentam seguros que Cristo é a raiz do Natal. Para estes, as amenidades desta época são apenas fumaça para encortinar uma decisão grave e eterna do conselho divino para trazer verdadeira paz e salvação a toda humanidade. Mas fique tranquilo e não se acanhe diante deles. Estes mensageiros terão sensibilidade e devolverão sorrisos caso sintam que estão sendo driblados por quem não se expõe a questões importantes da vida presente e futura.

O evangelho é uma mensagem desafiadora para pessoas que privilegiam o bem estar imediato sem considerar as consequências além do presente (Fp 3:18-20). Afinal, o próprio Cristo não poupou palavras e tampouco dourou a pílula ao dizer que sua missão traria divisão, inclusive entre familiares (Lc 12:51-53). Além do mais, o alicerce do Natal está edificado na fé cristalina no Messias, o que é um incômodo para o mundo moderno. Ironicamente, é difícil encontrar alguém que afirme não encontrar em Jesus Cristo o verdadeiro amor, a esperança, a fé e o perdão, que são os valores mais importantes celebrados no Natal.

Os discursos de paz e amor de muitos gurus midiáticos, incluindo alguns cristãos, vão além do ponto de serem politicamente correto. Com uma retórica quase melódica, eles afirmam que devemos respeitar todas as crenças, mesmo as que não concordamos, pois somos todos irmãos. Para não desagradar a todos, as pessoas preferem consentir em silenciar essa mensagem.

As escrituras sagradas bradam em todos os tons que, compadecido e movido pelo amor sem disfarces, Jesus veio ao mundo através do evento do Natal para satisfazer a justiça e a vontade de Deus. Entregou-se ao sacrifício da morte substitutiva em lugar dos que nEle creem e a favor dos que O receberam. Ou seja, nasceu para morrer e livrar os que estão no corredor da morte pela incredulidade. Completou sua missão matando a morte como prometeu que faria, oferecendo de graça o presente da vida eterna aos que humildemente rendem-se a este imerecido favor.

Essencialmente temos nos cardápios do Natal princípios muito antagônicos aos motivos modernos das expectativas natalinas. Estas intenções festivas não são eficazes contra suicídios, tampouco trazem descanso e consolo aos órfãos da Ucrânia e Rússia, muito menos aos miseráveis de Gaza e tantos povos sem rumo. O apelo do Salvador chamando os cansados e oprimidos para lhes dar alívio deve ser levado por pés ligeiros.

Se Jesus, que dividiu o calendário entre AC e DC foi um louco ou mentiroso, ignore tudo o que Ele fez e disse sobre si mesmo. Porém, e se considerarmos a possibilidade dEle ser quem disse que era? Aceitar sem reservas o subjetivismo e o relativismo atual que não toleram verdades absolutas, nos põe em um barco que navega quase à deriva para um porto que o Senhor do Natal o acolherá como o Sol abraça a cera. Naquele dia, mais glorioso que o próprio Natal, aos pés do menino de Belém, encontraremos um presente embalado conforme nossas escolhas pela fita do juízo e da verdade.

Obrigado por ter lido até aqui! Como prometido, de coração, desejo a você e familiares um verdadeiro e inesquecível Natal!💫