Nem tudo está perdido
Em meio à desvairada pressa pelo presente de Natal, o futuro aparece implacável e mostra o que de fato vale a pena.
Caminhando por entre consciências presas ao hoje, vejo a cegueira do mundo em relação ao amanhã.
Enquanto isso, papai noel segue bonachão, de pança cheia, gargalhando fastidioso, feito rei...
Mas nem tudo está perdido.
Quando uma criança nasce, Ele vive, porque isso é Natal.
Quando o tempo para, Ele vive, porque o Natal esquece o tempo e permanece eterno no coração de quem vive em Jesus.
E quem vive em Jesus?
Vive em Jesus quem procura segurar sua cruz, caminhando pela estrada que Ele sugeriu.
Essa estrada não tem nada, coisa nenhuma. Nada há nela que se possa tocar, medir.
Onde vai dar essa estrada?
No brilho do olhar de uma criança que pede seu colo;
Na oferta sincera e desinteressada de afeto, que ocorre sem cobrança, ou procura por qualquer vantagem;
No ouvido que se entrega a ouvir o lamento sofrido de quem a duras penas tenta caminhar, aprendendo com a vida;
Num almoço ou num café da manhã, onde o que menos importa é o que tem de comida, e que, por isso, se traduz na melhor das ceias de Natal;
Num profundo agradecimento, que por si só, devolve em dobro o trabalho realizado durante todo um ano.
Nem tudo está perdido, ó Jesus!
Sua mensagem vive nos corações daqueles por quem quase ninguém olha.
E quando o homem se der conta de que viver é sinônimo de compartilhar, viveremos em Ti.
E enquanto houver alguém disposto a transformar-se para melhor, sempre será Natal!