NOSSO NATAL

A balconista apressava-se para atender mais de um cliente até que se aproximou a fim de saber o que eu queria. Mostrei-lhe a receita e ela rapidamente se dirigiu às prateleiras mais ao fundo. Ao voltar disse que não tinha o remédio em estoque.

Antes que se afastasse novamente, chamei-a pelo nome e questionei se não teria o medicamento genérico. Pela primeira vez ela olhou para mim e perguntou como eu sabia o seu nome. Está no crachá, expliquei-lhe. A partir daí todo o seu comportamento mudou, atendeu-me com calma, conversando e sorrindo.

O mesmo acontece com o taxista, o caixa, o ascensorista, com tantos que eu tenha a condição de citá-los pelo nome. Este simples ato diz à pessoa que ela não é qualquer um, mas é vista em sua importância, na dignidade de não ser apenas um número não contabilizado nas folhas de reconhecimento de valor.

Uma conduta tão fácil de assumir e que faz tanta diferença, diminui quilômetros de distância, aproxima, gera alegria, compartilha o amor. Pequenos gestos de boa vontade incrementam outros e produzem grandes mudanças em nós, concretas e duradouras. Não se resume em uma ação esporádica, contida em apenas uma época.

Por isso creio ser um esforço assim, a oferta de um ótimo presente para Jesus em seu Natal, amá-lo, amando-o no próximo.

Agradeço aos amigos recantistas todo o carinho que sempre me dispensaram, e desejo-lhes um feliz Natal, cheio de alegrias, paz e bênçãos do Senhor!