Dormitando sobre mais um ano de Santa Claus
Bem acima dos meus sessenta anos,
Sentado, embaixo de um cinamomo,
Cabisbaixo... Comecei a fazer planos.
E com o peso da carcaça achei graça
Ao dormitar à mecânico em sua graxa.
Ou; planando ao devaneio de alvo anjo.
Como é bom sonhar sentindo amor e paz.
Envelheci e às vezes envileci e; fui rapaz.
Ao ser sobremaneira humano me arrependi,
Pelo que não fiz e até pelo que fiz. Ainda bem.
Infeliz deverá ser o inclemente; que nada sente!
O seu ultraje traz a dor na murcha flor e a semente.
Estupra, mata, machuca e diz fazer o bem ao inocente.
Como a um velho carpinteiro ao carpintejar no ano inteiro,
Quiçá, como o velho lobo do mar a marejar o meu olhar
Rumo Norte sem perder o norte, tampouco o prumo
Da boa sorte. Sortilégio ao puro amor enamorar.
Sonhar, voar, amar na vida, e amar na morte
Atrevida, havida na chegada da partida.
Assim parto eu, parte você querida.
Minha amada, e minha sorte.
À Lapônia de belo cristal,
À concreto celestial.
Decoração. Feliz Natal
De compaixão natural.
Ensolarada neve qual a gente entenderá em breve...
O Clarim da Paz