Queria oferecer aos meus amores uma mensagem de Natal.
Comecei a escrevê-la no início de dezembro, quando me chegou um texto que trazia uma versão diferente das que eu já conhecia, muito crítica, e que me deixou triste por enfatizar que a paz e a harmonia são ilusões, e que Jesus veio “para trazer a espada”...?!...

Resolvi pesquisar e minha mensagem tornou-se, a princípio, uma breve história do Natal. É uma opinião pessoal, que passa pelo filtro do meu olhar — que há muito está livre de doutrinas e ideologias. Segue a mensagem e, se você tiver paciência, vale à pena ler!

Meu primeiro susto foi desmistificar o Natal como sendo a data que eu e muitos acreditamos ser o ANIVERSÁRIO DE JESUS!

Eu nunca tinha pensado nisso! Seria impossível Jesus ter nascido numa manjedoura ou gruta em pleno inverno nórdico e, doze dias após, os reis magos seguindo a estrela guia encontrassem a Sagrada Família sã e salva em meio à nevasca! Eu não há indícios da real data de nascimento de Cristo, conversando com uma amiga Adventista, ela me disse que é provável que Ele tenha nascido na época da Páscoa, início da primavera onde os dias são mais brandos naquela região.

Historicamente nessa região, em dezembro era celebrada a festa consagrada ao deus saturno, o Sol, que durava cerca de quatro dias ou mais, de vinte um a vinte e cinco de dezembro. Uma espécie de feriado, em que ninguém trabalhava, tribunais e escolas paravam, e principalmente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos por seus donos.

O solstício de inverno era importantíssimo para os povos nórdicos, porque de dezembro a março o sol sumia como se proclamasse o fim da vida, o que os levou a cultuarem o Sol e a criarem ritos no intento de aplacar o inverno e a longa noite que se estendia nesses lugares ancestrais.

O dia vinte e cinco de dezembro era o dia do Sol, marcava para os povos nórdicos a volta dos dias ensolarados, era o ápice do inverno, e, portanto seu declínio, dando boas vindas à primavera e a fertilidade da terra.

Constantino, imperador de Roma e considerado pagão, decretou o ÉDITO DE MILÃO em 313DC, um acordo com os sacerdotes romanos que dava liberdade de culto aos cristãos e trocava desta forma a perseguição pela tolerância, legitimando o cristianismo perante o mundo pagão e dando aos sacerdotes cristãos direito à mesma isenção fiscal concedida às outras religiões. Constantino e os sacerdotes cristãos romanos adaptaram o dia 25 de dezembro, data festiva do povo pagão do hemisfério norte, transpondo o dia do deus sol ao nascimento de Cristo, para que o povo pagão aderisse ao cristianismo pelo sincretismo religioso. Foi uma estratégia política que trouxe a paz para aqueles povos e manteve Constantino no poder, mas qual intenção terá sido a mais nobre...?...

Através dos tempos a tradição do Natal foi se mantendo sem nenhuma reflexão mais profunda sobre sua origem, exceto nas seitas clandestinas e nas dissensões das religiões cristãs. Uma delas foi em 1519, quando Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X ao realizar uma revolução na Igreja Católica da Alemanha. Fundou a Igreja Luterana em 1521 e, além de questionar os abusos e excessos do Clero, questionava as mentiras que Constantino inventou.

Os rituais foram mantidos, os deuses esquecidos, e atualmente Jesus chega a ser dispensável nesse mundo de desenfreado consumismo. Hoje o que é reverenciado é o TER, acima do SER: o CAPITALISMO SELVAGEM!

No geral me parece que, para o mundo, não faz diferença se o Natal corresponde ou não ao nascimento de Jesus. Num dos textos que pesquisei havia uma associação de todos os símbolos do natal a um símbolo pagão, ligado a algum “deus” diferente. A árvore de natal era associada ao deus Odin, dos povos nórdicos, e a Júpiter, entre os romanos que enfeitavam carvalhos. Em outras culturas adornava-se a videira em oferta ao deus Baco, e as oliveiras para a deusa Minerva. Os antigos egípcios consideravam os tamarindos como símbolo da vida e, por isso, nos solstícios de inverno levavam ramos de tamarindeiras para dentro de casa e enfeitavam-nos com jóias e doces. Daí surgiu à associação com as guirlandas.

Já a figura do Papai Noel, “a priori”, nada tem a ver com o paganismo. Sua criação baseia-se nas histórias sobre Nicolau, um santo católico do início da era cristã que viveu na cidade de Mira, na Ásia Menor, e distribuiu suas riquezas entre os mais necessitados. Isto se reforçou no século passado quando Thomas Nast, pintor norteamericano, criou o sorridente “velhinho de barbas brancas”.

Desde então é ele quem move a festa, é a ele que se atribui a magia da distribuição dos presentes, e é tido como benfeitor e amigo de todos — como uma recriação de Baal, Apolo, Osíris e Mitra...?...
Para os cristãos ortodoxos, que não celebram o Natal, a heresia, além da mentira, está principalmente na ‘figura emblemática’ recriada dos deuses pagãos, que garante a consumação dos ritos pagãos, através dos tempos, como algo maléfico, e não apenas uma linda festa e seus singelos símbolos: a magia, e o espírito do natal, portanto comemorar o natal, para os que se dizem verdadeiros cristãos é um sacrilégio, dada a sua procedência.

O que mais me entristece é que a Paz, a Harmonia e a Esperança tão evocadas nessa época por séculos!!! São consideradas ilusões que encobrem a verdadeira natureza dessa festa...?...
Tenho cinquenta e uns anos de idade e só agora tive a curiosidade de me aprofundar nesses ritos, que repetimos tantas vezes, aprendemos com nossos pais e repetimos com nossos filhos, e que surpresa foi a tão óbvia associação que se faz da figura do papai Noel à origem do crescente consumismo, que começa nas festas natalinas e continua o ano todo. Para mim aí está o que é verdadeiramente maléfico!

À parte o pecado, heresia ou não, é comprovado que ao longo da história essa data é muito tocante, que reúne pessoas e crenças em momentos de confraternização dos povos e eu, na minha ínfima compreensão, entendo que o Espírito Santo de Deus se fará presente onde houverem corações unidos pelos mesmos sentimentos de amor, paz e harmonia, que nessa frequência e sintonia jamais estarão vinculados com o mal.

Sei que muitos já morreram e ainda morrem em guerras religiosas, sei que há muito preconceito e discriminação entre religiões, sei que houve manipulação dos textos sagrados por conveniências humanas, e não creio que todos esses fatos sejam aprovados por Deus, é profano!

Porque, se Deus é Amor, tudo que está fora do amor não é sagrado: as mentiras, a manipulação, o preconceito, a discriminação, o consumismo desenfreado, o egoísmo, a vaidade e os excessos e desperdícios dessa época de festas, ou em qualquer outra época, não são sagrados.

Vivemos um momento em que o conceito de sustentabilidade é fundamental à sobrevivência do planeta e dos seres que o habitam:
A SUSTENTABILIDADE É SAGRADA! Pensar nessas festas dissociadas deste valor é o verdadeiro pecado!

ENFIM, A MINHA MENSAGEM...

Há mundos e mundos... dentro do mundo de cada um...
Somos centelhas de um sistema inteligente, profundo e diverso. Vivemos como partes nos movendo articuladas com todas outras. Mesmo que algumas partes não se dêem conta dessa ligação, não cumprindo seu papel na engrenagem, vivendo seu ego em ação.

Prestemos mais atenção, nós compomos um sistema perfeito, primoroso! Regido pela maestria de Deus, numa sintonia fortalecida pelo sincronismo amoroso. Há também dentro e junto, um sistema dissociado e cruel que impõe uma crença massificada pela mídia, pelos poderes: econômico, político e religioso. Querem nos fazer crer que o amor é apenas um substantivo com definição em dicionário, ou uma paixão que se esvai como vapor no frio...

Valores como solidariedade, amizade, afeto, carinho e respeito são COMPRADOS e TROCADOS como produtos enlatados! Tudo é CAPITAL! Tristemente, muitos dos fatos históricos servem-lhes no contexto, e as guerras por ganância e poder enfraquecem nosso argumento. As mudanças climáticas, nada acidentais, confirmam infelizmente que o planeta está muito doente, que a mãe Terra que nos acolhe não resistirá ao futuro, mas até contra essa terrível previsão há seres humanos trabalhando, eles estão por todos os cantos ensinando e conscientizando o povo a tratar nosso ETHOS com amor, nos instruem na preservação!

E realmente a história não nega a ganância e o egoísmo do ser humano. Mas esses fatos, analisados pela ótica “da Espada”, só dão ênfase ao trágico. Quem se deixa levar pela racionalidade só consegue crer no fim da humanidade!

Prefiro me juntar aos que acreditam na sintonia do BEM, numa ação conjunta constante e inabalável, cristã e acolhedora, muito maior e mais poderosa, que se propaga velozmente e em perfeita harmonia! Somos muito mais do que imaginamos! De muitas tribos, de todos os lugares, de muitas crenças e de todas as cores, todos com um mesmo desejo: A PAZ!

E eu acredito em JESUS, cito suas palavras em João 14.6:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Eu acredito que Jesus veio para nos ensinar o verdadeiro amor, incondicional, Amor ÁGAPE!

Cito Mahatma Gandhi que viveu e morreu em coerência existencial
Disse ele, e assim o fez que não existe um caminho para a paz:
A PAZ é o Caminho.
E cada um de nós pode fazer a paz em seu caminhar
Uma escolha cotidiana a paz expressar!

Nesse Natal, nesse momento eu deixo de lado a história,
Deixo o apelo comercial, e faço foco na frequência de energia
De amor, paz, esperança e harmonia
Que se percebe no mundo uma vontade geral,
De fazer o bem para alguém...
E mesmo que isso passe despercebido para alguns
Muitos outros estão se unido para um bem comum!
Desejo que todos nós possamos abrir a porta dos nossos corações,
Da nossa casa, do nosso templo sagrado para recebê-Lo!
JESUS quer entrar na nossa vida!
Entrar no nosso lar, no dia do seu aniversário!
Mesmo que esse dia seja uma mentira...
Lembro da estória de “Alice no país das maravilhas”
Que seja então o dia do Seu desaniversario!!!
Ele quer entrar em nossas vidas em qualquer momento!
Convide-O! Ele prontamente aceitará!

Eu desejo para mim e para todos:
Vontade ao respirar... Aromas inebriantes!
Sinceridade ao sorrir... Sorriso largo e abundante!
Que seja generoso o olhar... E dentro dos olhos dos que nos olharem!

Muito amor, amar se aprende amando,
Vamos amar muito mais para aprendermos!
Pois em nossos corações não há fronteiras!
Amemos como se fosse à primeira...
Amemos como se fosse à última vez!
Amemos a todos que pudermos...

Paremos de pensar... Deixemos acalmar os pensamentos:
Troquemo-los por nossas melhores lembranças...
Vamos preencher de sonhos nosso ser...

Sonhemos sonhos antigos... Ou vamos reinventá-los!
Façamos planos divertidos...
Dancemos, dancemos!

Sejamos felizes! E assim faremos felizes todos a nossa volta.
E quem longe de nós estiver, mandemos-lhes preces, cartas, emails...
Vamos escrever nossos mais nobres sentimentos!
Vamos abraçar a todos que pudermos
E sentir que os nossos corações pulsam juntos ritmicamente!
E principalmente:
Aprendamos com tudo o que vivemos,

A NOS AMAR MUITO E INCONDICIONALMENTE!

Agradeço a Deus o dom da sua vida...

FELIZ NATAL!!

Fonte:
http://www.igrejaapostolicabatista.com.br/estudo.asp?id=53
http://www.ejesus.com.br/exibe.asp?id=2912
http://sopros.farolwebhost.com.br/?p=189
http://www.oapocalipse.com/home/estudos
Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 19/12/2010
Reeditado em 25/12/2012
Código do texto: T2680823
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