É NATAL!
Suprema doçura! Santa e divina loucura
É o Deus absoluto... A incorporar o limitado
Ser uma simples, igual e reles espécie humana
Dentro de um mesmo tempo e em finito espaço
Fazer-se relativo e deixar-se crucificar
Só para programar a sabedoria de amar
Nessa louca pedagogia a invadir nossos dias
Reside aí, talvez, toda a profundidade e magia
E para mim persiste e resiste o mistério
À custa de tanta dor e impropérios
Mostrando ao mundo o belo e o imundo
Na dualidade filosófica do bem e do mal
Do ser humano e as artimanhas do animal
No contraste da brutalidade com a delicadeza
Da feiúra do pecado com a virtude sutil da beleza
Da fortaleza de quem luta com a das fraquezas
Do velho doente decaído e do novo a renascer
E na falta da fé do possível e nas suas incertezas
Onde o pessimismo cruel quiser vir a se instalar
Coberto da tristeza a tira colo ousando incomodar
Que sejamos assim... Pra lá de meio otimistas
De que se existe uma sexta-feira da Paixão...
Há no seu bojo um domingo de Ressurreição
E que o Menino Jesus encontre uma manjedoura
E possa vir a nascer dentro do nosso coração
Esta é a essência da mensagem natalina presente
Hoje e sempre. Aqui e agora... Eternamente!
Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado em ‘Fraternos Templos em Carne Viva’ de Ana da Cruz
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blog/show?id=2630076:BlogPost:104531&xgs=1&xg_source=msg_share_post