Aos oito anos ganhei um patinete vermelho novinho. Eu não cabia em mim de tanta felicidade, parecia que eu tinha ganhado um Porsche. Aquilo foi o máximo, ainda mais porque veio acompanhado do carinho de minha tia querida.

Você também deve se lembrar de coisas simples da sua infância – uma boneca, um carrinho, um saquinho de bolinha de gude – que representaram um universo de sonho e fascinação.

Hoje o Natal é, em certa medida, mais eletrônico. Presépios digitais, cartões virtuais e árvores que se equiparam a torres de muitos andares. E as crianças gostam muito de joguinhos e celulares.

E será que isso multiplicou a extensão e os efeitos do Natal? Ora, se antes eu podia mandar 8 ou 10 cartões pelos Correios – cansado de colar os selos –, hoje posso enviar um e-mail para 500 ou 1.000 contatos. Que maravilha!

Mas acontece que nós, seres humanos, precisamos de atenção e aconchego que realmente alegrem nosso coração – como um sorriso, uma palavra amiga, uma lembrança. 

          Por isso é importante não deixar de lado o espírito natalino, nem mesmo diante da grandiosidade das festividades.

Tem gente – e muita gente, não se engane – que se sente meio perdido no Natal. Meio sem graça de comprar presentes para quem vê uma vez por ano, ou absolutamente deslocado em contatos familiares um tanto artificiais.

O Natal – não importa se com data exata ou não – marca o nascimento de Jesus, e isto deve ser festejado, dada a sua importância para a humanidade, mas, antes de tudo é a marca de uma inequívoca doação.

Exatamente. O nascimento de Jesus mostra o amor de Deus para comigo e para com você, ao entregar seu filho unigênito em favor de quem nem era seu amigo (João 3:16).

Se desejarmos, efetivamente, avançar mais alto em relação ao Natal, devemos levar em consideração o que nos ensinou o próprio Cristo. O mais importante é a doação de coração aberto.

Neste dezembro, festeje com tudo que puder. Reúna pessoas queridas, sinta-se em família. Perdoe pessoas, dê esse passo em direção à liberdade pessoal. Alegre-se com presentes, mas não deixe de lembrar dos muitos que nada têm, cuja vida se resume a uma cela de prisão ou ao leito de um hospital. Se tiver oportunidade, compre algo para os necessitados, ou procure fazer algo para os tornar mais felizes.

          Faça do seu Natal o Natal de muitos.

              Isso representará mais para você mesmo, para eles e terá reflexos na ETERNIDADE. Afinal, tais atitudes são bem mais palpáveis que o envio de um e-mail 'meio repetido' para 1.000 contatos.

Feliz Natal !

Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. (Atos 20:35).

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