O Natal não é como o vento
Caro leitor, imagino que como eu você também se admira de estarmos às portas de mais um Natal. Desde que nos conhecemos por gente, todo ano passamos por ele desejando e ouvindo “Feliz Natal” com os pés inchados de andar procurando o presente de última hora. Para muitos esta data traz alegria, mas para outros é portadora de saudades de quem não está mais conosco. Tanto o frenesi das festas como o suspiros de melancolia podem ofuscar o clima do Natal, levando-nos a perder o melhor desta celebração extraordinária.
O espírito que há nesta data favorece a troca de abraços, perdão e amor aos que fazem parte da nossa vida. Isso tudo supera e deixa pra trás as troca de presentes e os repetitivos especiais de fim de ano. Crer e aproveitar a oportunidade de sonhar, fazer melhorias, rever metas, reatar amizades e relacionamentos faz parte do pacote que veio ao mundo há pouco mais de dois mil anos.
Nosso calendário está recheado de comemorações marcadas com símbolos e fatos que se misturam a mitos e verdades; histórias que geralmente são como o vento – ninguém sabe onde começam. Mas o Natal não é uma delas. Seu início, ricamente relatado nos evangelhos, deu-se quando o Criador tirou de dentro do coração uma dádiva para dar a todas as pessoas que tem sede de salvação e vida nova, embrulhando-o no ventre de uma pura mulher. Desatou suas fitas e abriu-o numa noite cheia de encantos e deslumbres. Este presente agitou os céus e rasgou a história em antes e depois de Cristo, fazendo cada dia atestar este fato.
Em todo Natal a ansiedade das crianças aguardando abrir os presentes é quase palpável. A ternura no ar, a animação de encontrar amigos e familiares perfumam o clima e penetram corações como um bálsamo. Todos podem experimentar isso de modo saudável com a força do choro do recém-nascido ou com a intensidade de um trovão. Vivenciar o Natal assim é ser como criança que sonha um lindo sonho todas as noites.
Desejo um Feliz Natal para você e família!