SÉRIE REFLEXÕES NATALINAS Nº 01 - O DESPERTAMENTO
Não posso negar que o mudo seja mal, mas eu faço absoluta questão de ser bom;
E ao discernir cada imagem e som, procuro disciplinar os meus sentidos;
Pois não os quero perdidos, dançando ao léu de qualquer tom;
Até recebo o cardápio do garçom, mas só depois de muito analisar é que sucedo aos pedidos!
Eu sei que há dois modos de ser sábio, segundo os olhos dessa geração;
Um que agrega o conhecer sem distinção e outro que alude à esperteza;
Mas eu a condiciono à destreza de transitar entre o “sim” e o “não”;
Sentando à mesa ou rejeitando o pão, conforme o seu grau de grandeza!
Por isso é momento especial as muitas luzes do Natal;
Pois é real sinal de que devemos nossas sombras iluminar;
Vencer a egoísta ânsia por só ganhar, repensar o ego teatral;
Ser luminária nessa Terra e também ser sal, pra que o sentido do Natal consiga se perpetuar!
Lembrando que a nossa mesa farta de pão e de felicidade é na verdade uma triste exceção;
Que o presente mais excelente está no coração e não dentre as orgias do consumismo;
Que não podem ser mero mantra ou cinismo, tantas promessas que se dirão;
Encher o mundo de celestial unção e fugir a toda sedução que nos propõe o abismo!
“Perseguir o bem: eis a única obsessão que não se pode entender por doentia”