SÉRIE REFLEXÕES NATALINAS Nº 01 - O DESPERTAMENTO

Não posso negar que o mudo seja mal, mas eu faço absoluta questão de ser bom;

E ao discernir cada imagem e som, procuro disciplinar os meus sentidos;

Pois não os quero perdidos, dançando ao léu de qualquer tom;

Até recebo o cardápio do garçom, mas só depois de muito analisar é que sucedo aos pedidos!

Eu sei que há dois modos de ser sábio, segundo os olhos dessa geração;

Um que agrega o conhecer sem distinção e outro que alude à esperteza;

Mas eu a condiciono à destreza de transitar entre o “sim” e o “não”;

Sentando à mesa ou rejeitando o pão, conforme o seu grau de grandeza!

Por isso é momento especial as muitas luzes do Natal;

Pois é real sinal de que devemos nossas sombras iluminar;

Vencer a egoísta ânsia por só ganhar, repensar o ego teatral;

Ser luminária nessa Terra e também ser sal, pra que o sentido do Natal consiga se perpetuar!

Lembrando que a nossa mesa farta de pão e de felicidade é na verdade uma triste exceção;

Que o presente mais excelente está no coração e não dentre as orgias do consumismo;

Que não podem ser mero mantra ou cinismo, tantas promessas que se dirão;

Encher o mundo de celestial unção e fugir a toda sedução que nos propõe o abismo!

“Perseguir o bem: eis a única obsessão que não se pode entender por doentia”

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 22/12/2008
Código do texto: T1348647
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