Coragem para mudar!

O que seria da humanidade sem os paradoxos?

Bela encenação diante da plateia versus comportamentos maldosos nos bastidores; conflitos e guerras versus paz e plenitude; apego material versus evolução espiritual; honestidade versus hipocrisia; discurso humanístico versus atitudes repressoras; caos exterior versus busca pelo equilíbrio interior; quebrar-se versus reconstruir-se.

Recordei-me das seguintes palavras do ator italiano Vitorio Gassman: “as nossas imperfeições nos ajudam a ter medo; tentar resolvê-las nos ajuda a ter coragem”.

Priorizar nossas próprias sensações e sentimentos pode, a princípio, parecer um comportamento egóico, todavia não seria, também, uma forma de evitar autossabotagens, anulações e para ressignificar a compreensão de que a categorização do suficiente provém de nós mesmos? Precisamos ser bons para os outros, mas, igualmente, não deveríamos aprender a ser bons para nós mesmos?

A sociedade nos obriga a vestir uma armadura para transmitir uma imagem de força, bem como para que possamos demonstrar que estamos encaixados naquilo que os outros esperam de nós, entretanto libertar nosso ser dessa capa artificial não seria um caminho para a compreensão e a aceitação de nossas virtudes e defeitos? Não seria uma possibilidade para reconhecer que, no fundo, deveríamos atender às nossas próprias expectativas e não às dos outros?

Ouvir os outros dizerem que somos bonitos faz bem, contudo por qual motivo não podemos fazer isso diariamente por nós mesmos, com o intuito de preservar a nossa autoestima e aceitação? Por que temos dificuldade em valorizar o nosso próprio registro visual, desconstruir padrões artificiais impostos pela mídia e enxergar a beleza que há em nossa unicidade?

Muitas pessoas entendem ser necessário ostentar viagens, roupas da moda e joias nas redes sociais, mas não deveríamos permitir que o simples brilho natural do nosso eu se propagasse ao mundo? Por que teimamos em não aceitar que já possuímos uma verdadeira coroa natural chamada aura, campo de energia extrafísica que nos foi dado gratuitamente pelo divino?

Cada vez mais as pessoas procuram ofuscar e derrubar as outras, todavia não precisaríamos compreender que o nosso êxito, na verdade, deveria se juntar ao do próximo, numa explosão cósmica proporcional ao infinito do universo, onde existe espaço mais do que suficiente para todas as estrelas? O próprio universo nos mostra que uma estrela não possui o poder de derrubar a outra, tão somente a si mesma ao se tornar cadente!

Definitivamente, os paradoxos parecem ser o alimento necessário para que a humanidade não perca a sua própria sensibilidade, o poder da resiliência, a capacidade de superação e a coragem para mudar!

Jean Claud
Enviado por Jean Claud em 20/11/2024
Reeditado em 20/11/2024
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