DE UM AUTOR ESPIRITUAL...

Mensagem de Caio Quinto, autor de meus livros psicografados, a respeito da missão espiritual literária conjunta realizada na Terra nesta importante época da ascensão planetária:

 

"Todo escritor, com frequência, terá a sina de ser julgado por não ser o que escreve.

 

A depender do tema, em processo inconsciente o leitor afixa ao rosto do escritor a máscara da mensagem ideal contida em um romance ou texto inspirado.

 

Projeta em quem escreve a essência da obra, como uma máscara - em razão do que existe o potencial do artista transmitir um conteúdo admirável sendo execrado por um veio subterrâneo de policiamento ideologico de leitores que querem ver nele, plasmado, o conteúdo que admirou.

 

Quando não admira o conteúdo, no entanto, o caso é automaticamente solucionado. A obra não presta. Assim o autor, criador e criatura, são imprestáveis, e o inquisidor atira ao lixo o livro ou sai do cinema, em caso de obra audiovisual, desencantado, em princípio, consigo.

 

'Como alguém tão bom quanto eu se passou para despender dinheiro com algo sem qualidade?' - Amofina-se.

 

Esquece, neste momento de visão parcial das coisas, da verdade importante de relatividade de tudo na existência; e de que sempre haverá, por conseguinte, público admirador para tudo.

 

Mas no caso do escritor, sobretudo das áreas de autoconhecimento e espiritualismo, esta realidade assume nuances mais sérias, despercebidas, e não é outra a causa da utilidade da parceria multidimensional frequente utilizada até mesmo sem a consciência clara de quem a recebe, a partir das múltiplas esferas dimensionais circundantes.

 

De maneira que a qualidade de um livro quase sempre é fruto de trabalho de equipe que recebe reações de leitores sobre obra de autoria conjunta - pelo que é certo afirmar que quem o materializa, quem o digita ou escreve, é comumente a estação final de uma amálgama produtiva, desmerecendo, portanto, o mau ou bom humor unidirecionado de quem a lê, e dela gosta ou desgosta.

 

Importante que se entenda: um livro, portanto, congela para apreciação imagens existenciais, como castelos no ar, cuja sintonia com o escritor é completamente relativa.

 

Assim como um autor não tem que ser a materialização das virtudes da cultura japonesa porque publicou um livro sobre a história do Japão, também, e mais ainda escritores em situação de parceria multidimensional, não devem ser cobrados. Pois é certo que não encarnam o conteúdo apreciado ou criticado de um tratado ou de romance espiritualista, ou de obras de autoconhecimento.

 

Antes, como todos nós eles se conectam com uma produção literária a partir da ponte de algumas sintonias - mas isso não significa que submetem suas personalidades a um tribunal público inquisidor com direito de condenação sobre como eles têm que ser ou não ser no cotidiano a partir do que escrevem em seus livros.

 

Porque quem assim age quase sempre se esquece que a trajetória milenar de todos, sem uma única exceção, nos palcos terrestres, mais não é do que imensa pantomima, durante a qual somos investidos pelo Criador Supremo em papéis transitórios, voláteis como os ventos no domínio infinito da eternidade, para o nosso próprio aprimoramento - e que a dignidade inerente a essa condição evolutiva de todos dispensa julgamentos parciais das situações em que acontecem, quando tão ciosamente nos defendemos de dentro de nossas próprias máscaras transitórias.

 

Fui um dia Caio Fábio Quinto, legado de Júlio César.

 

Hoje, fluo na eternidade, em acordo com o Amor Crístico, presente no íntimo de todos os seres do Universo - e obediente à Vontade Suprema do Criador.

 

Desta intenção amorosa investi os escritos chegados à materialidade através da minha intermediadora. Quis mostrar que tudo na sucessão das vidas passa como ventania impetuosa, e que mesmo de nós, de nossas tão preciosas personalidades de cada momento, resta somente a liga do Amor e o hálito vital sagrado em nossa consciência, despertando aos poucos para as glórias da existência harmônica no imo da Eternidade.

 

A quem nos leu, portanto, solicito afetuosamente que cobrem de mim eventuais falhas nessa transmissão de ideias.

 

Toda consciência imersa na materialidade está investida de missão incomparavelmente mais difícil, mais áspera, do que a de quem as assessora, a partir da vida invisível aos olhos materiais."

 

Caio Quinto

em 24.06.2024

Christina Nunes e Caio F. Quinto
Enviado por Christina Nunes em 29/06/2024
Código do texto: T8096378
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