Sapos desbotados

Na maioria das vezes em que estamos fragilizados

Pelas sombras silenciosas da depressão,

Onde a vida perde a cor

E os pensamentos de medo, angústia e dor,

Sugam nossa alegria

E nos forçam a deitar-nos

No divã espinhoso da tristeza,

Nós nos desesperamos.

E neste momento de falta de fé e de razão,

Procuramos aqueles que pensávamos que nos amavam

Para iluminar nossa esperança agonizante.

Muitas vezes as palavras que recebemos

Não são de amor,

Mas de ironias, deboche e piadas desgraçadas,

Ou argumentações sem noção de suas consequências,

E diante de nossa passividade emocional

Somos forçados a engolir uma montanha de sapos desbotados.

Alexandre Tito

Alexandre Tito
Enviado por Alexandre Tito em 20/05/2024
Reeditado em 20/05/2024
Código do texto: T8067374
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