Mudar dói... mas mais do que permanecer no mesmo lugar desértico, frio e desesperançável?

Minha zona de conforto se amplia a cada dia. Estou feliz nela? Acho que não. Não... definitivamente não. Mas... Já a conheço tão bem... tudo nela é tão previsível... não há canto escuro ou obscuro pelo qual eu já não tenha passado, olhado, acariciado e colocado bem no fundo do baú. Mas dentro do meu campo de visão... bem à minha mão.

Oras, não sou boba nem nada... o conhecível me faz bem, me dá segurança... tudo bem que tenho de engolir todos os sapos que pululam ao meu redor, mas sei o chá que devo tomar pra não sofrer intoxicação mortal. E há sapos que não são tão venenosos... dá pra engolir de boa mesmo.

Então, não mudo, não sofro. Resignadamente me resigno a tudo e a todos, todos os dias. Mas na segurança do caminho conhecido, of course. Vou eu enfrentar preocupações com mudanças? Sei onde estou. Sei o que tenho. Punto e basta.

Mesmo?

Não sou boba nem nada. Conheço a frase 'melhor um pássaro na mão do que dois voando'... mas sei que isso me diz: 'fique com o menor, assegure-se, mantenha firme o pouco que você tem... deixa ir o maior... dispense o grande'.

Por que, então, conhecedora de que pode haver o melhor, o maior, o mais confortável, o sucesso, a alegria, a paz... e mil e umas outras coisinhas maravilhosas com uma mudançazinha aqui e acolá, eu fico amarrada no mesmo lugar?

Por que fico pagando um preço (talvez alto demais) por uma pseudosegurança?

Se eu agir é sempre fitty-fiffty. E mesmo que seja, como resultado, o fifty

-50%, só o fato de eu ter disposição para correr risco já me faz ganhar... e vai que o resultado seja mesmo o +50%?

Entonces... mudar dói (exige um certo esforço)... mas... se não se mudar nunca se poderá saber o resultado do passo em direção à mudança... e essa adrenalina é boa... ah!!!! se é.

Rosangela Calza
Enviado por Rosangela Calza em 12/01/2024
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