Logo abaixo verás Quem é o maior ladrão do mundo! Algo gentil, advindo de algum tempo Vindo com regalos doces, aos pouquinhos De leve...leve, bem de leve...de mansinho Até enfim te arredar; De trajes futuristas, acesos, sofisticados Aparências belas, capas chiques, diferentes Meio exótico, napas irrepetidas, convincentes ...incomuns, nunca o mesmo, nem limitado Midiático e adorável encantador de serpentes Melhor especialista, sabedor de onde “VAI” chegar! E sem que de pronto fosse percebido Por subestimarmos errado, sua força e poder Apossou-se do teu..., do meu, do nosso querer Começando ali a nos furtar; Desvirtuando a nossa total atenção Bagunçando nossos pensamentos Turvando, matando toda inspiração Escasseando os nossos divertimentos Apagando todos os nossos bons momentos Triturando, pulverizando em seu ar inóspito Nosso mote, nossa sorte e toda a nossa emoção! Em seguida, aí bem mais voraz, bem mais ligeiro A se mostrar com menos corpo e peso; mais poder Apodera-se por completo de nosso esvaziado viver Sem que pudéssemos reparar; Dominando restos de nossa compreensão Em troca disso, a nos propor num estalo Um mar revolto, ondas e ondas de amizades Numa verte de falsa sensação de proteção Acessos sem limites, mil comentos, visibilidades Pra num piscar de dois olhos deslumbrados; Levar-nos a porta de um falso céu, às raias dum milhão! Daí pra frente é...; é não! Já foi covardia Toma na boa, a alma e o que mais sobrou de você Com o advento do 4, do 5 e já por aí, o 6 “G” Inexoravelmente nos obrigar A tê-lo acoplado a nós, sem argumentos Farto, cheio, recarregado, ativado a seu lado Com uma gama infinita de entretenimentos A requerer, nunca: ”””repetindo””” De NUNCA, em pácto, se encontrar desconectado O mais importante; obrigando-nos a ser: Seu único, melhor, principal e suficiente passatempo! E quando se deres conta, ao tentar reabrir os olhos Infelizmente já cegos, tentando olhar para trás Sinceramente, espero que não seja tarde demais Já lhe terá roubado na cara dura, e levado tudinho Tudo o que poderias juntar, guardar e carregar Tua família, teus sinceros amigos, tua casa, teu lar Teus momentos, sentimentos e sonhos de uma vida inteira Teu companheiro, tua companheira, teu bom censo Teus mais solícitos, e teus mais achegados vizinhos E na promessa de te ofertar a teus pés, mundo inteiro Foi-se tua dignidade, lealdade, junto teu casamento Tuas opiniões, tuas poucas razões, até tua simplicidade Tua liberdade, convicções, tuas lapidadas e construídas verdades O teu ir, seguir e vir, os teus direitos e o teu discernimento. A perceberes que lá, bem no finzinho de um túnel se fechando Estará ele renovado, turbinado, de outros zoando, empoderado Apoderado, pelo poder que o demos, em mãos com o seu maior prêmio Na real proposta de verdadeira, única e insaciável intenção Que foi de ter se abastecido o tempo todo, do teu sofrimento A ter te abduzido pro seu mundo, gigante, vil, dominante e particular A transformar em solo árido teu ser, em pedra ardida e bruta O que restou de teu judiado, combalido e perdido coração!