Se Jesus Cristo se chamasse Edmilson Nunes
Edmilson estava tirando a sua soneca de praxe – diga-se de passagem, à popa do barco, sobre uma almofada e acalentado pelas ondas de uma tempestade – quando a tripulação o acordou, dizendo: Não te importa que pereçamos?
Então Edmilson vociferou efusivamente, soltou uma série de imprecauções, ralhou com a equipe do barco até a sétima geração e, finalmente, deu uma contra resposta: Ainda não tendes fé?
Por acaso vocês já esqueceram que meu Pai fundou os riachos, rios, lagoas, lagos, mares e oceanos para que os usassem como hidrovias. A vocês, portanto, caberia inventarem os tipos de naves: canoas, botes, jangadas, veleiros, barcos, navios, etc., segundo os tipos de águas a navegar. No entanto continuam querendo “meter os pés pelas mãos”; dando uma de “bateau moche”. Ou seja, querendo usar “barco de enseada” em “mar aberto” quando este não é o critério.
Os meios hidroviários sempre devem ser adequados aos tipos hídricos de meu Pai, porém jamais esperem meu Pai adequar seus fundamentos às conveniências, conivências e deleites de vocês.
E o Edmilson simplesmente virou para o outro lado e foi dormir... acalentado pelas bravias ondas... (Inda bem que Jesus não se chamava Edmilson).
O outro lado da história...
Doutra feita, a tripulação estava dormindo na grama de um horto, quando Edmilson, apavorado, foi acordá-los.
Eu não já falei, a vocês, três vezes, para ficarem acordados; orando? Como é que podem dormir numa hora destas? Enquanto eu, aqui, suo sangue...
Moral da história: Quando o tempo, deste mundo, estiver para tempestades, aproveite para tirar um cochilo; quando o mesmo estiver para jardim, desconfie.