...dos inocentes (Não se cale)
E olho pelas frestas desta janela, a luz da lua é tão linda, parece tão fria.
Meus dedos tentam retê-la, minhas mãos ainda trêmulas, tento sorrir.
Lágrimas grossas caem no meu colo, ajeito a saia amarrotada,
Meus pensamentos se contradizem, meu corpo esfacelado.
A dor se mistura a confusão das cenas distorcidas em minha mente.
Balbucio monossílabos, olho ao redor e nada vejo, estou confusa.
Não sei quem chamar, não sei mais nem falar, ah, que dor, que dor.
A imensidão do quarto vazio não contrasta com minha desolação.
As paredes cor de rosa, os bichinhos de pelúcia, pantufas de unicórnio.
Neste misto de dor, horror, vergonha e medo, é o silêncio...