Competição... pra quê? Há espaço pra todo mundo, não é?
“Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante” (Augusto Branco)...
... pois é...
... e aí há dias em que não há vontade que faça a gente sair da cama...
.... há dias em que, em vez de paixão pela vida, há só mesmo um marasmo, uma indiferença, uma impassibilidade, uma sonolência... total. Só mesmo porque é involuntário o movimento que continua a bater o coração...
... há dias em que classe é o que menos conta, o que a gente quer mesmo é resolver as contas, botar pra fora toda a nossa indignação, sair do salto, cair no braço... perder o sorriso e a pose, e berrar aos quatro ventos com certas expressões deselegantes que tudo o que se queria era ganhar e não perder, o que nos ajuda a não sofrer...
... há dias em que a gente só quer mesmo é viver o dia... não perder, nem vencer... o que se quer mesmo é tranquilidade da não competição... o que enche nosso ser é uma simples existência pífia, medíocre... tudo o que se almeja é calmaria no coração.
... há dias em que tudo o que queremos que nos pertença é simples e unicamente aquilo que cabe num abraço... o resto é resto mesmo... e, como já disse Clarice, “ninguém precisa de resto pra viver” – ou algo mais ou menos assim ;)
... e sim, a vida é muito, muito mesmo... pra ser insignificante... então...
olha só... que sejam só poucos os dias em que a gente se entregue sem lutar, e simplesmente espere o dia acabar; que sejam poucos os dias sem cor e sem sal, que sejam poucos os dias em que não nos apropriemos do mundo... afinal somos muito... pra vivermos em alienação total :)