O ANDARILHO
Desde criança tenho aprendido com os meus pais que primeiro tinha que olhar para mim e preocupar com que for de melhor para mim e por acaso alguém estiver em situação pior do que a minha jamais me envolver com o da vida alheia, pois cada um
resolva os seus problemas.
E assim fui crescendo com essa filosofia de vida e pouco percebia que entre os meus amigos de infância e adolescência ficavam um pouco afastados de mim. Mas qual o motivo que seria? Tal pergunta fazia entre eles, pois eram meus amigos puxa vida e tanto é, que juntos e com o passar do tempo cada um seguiu o seu destino assim como eu também.
Percebia que lá de vez em quando era só um oi e como vai, isso era de um para o outro.
Onde fui morar já com a minha esposa, também era só o tradicional bom dia, boa tarde e boa noite e aquela prosa descontraída de fazer o tempo passar não havia entre nós e a vizinhança, foi quando perguntei para a minha esposa o que de errado tinha feito para ser rejeitado por todos que mal me conheciam, pois de errado nada tinha feito e sempre procurando fazer tudo certo com os meus negócios? Ela também nada respondeu e deixando para que um dia eu visse tudo com os meus
próprios olhos.
Já que ela não me disse e ninguém falava o porque que a prosa com as outras pessoas era curta, chutei o balde porque a vida era minha, pronto e acabou e que cada um segue o seu rumo. Passaram alguns dias, andando pelas ruas da minha cidade atrás dos meus negócios onde poderia encontrar com alguém do mm ramo do que o meu , dei de cara com uma pessoa que estava
sentada na calçada com trajes de andarilho e aquele saco preto de plástico onde poderia estar seus pertences pessoais.
Olhei para ele e aconteceu comigo algo que nunca tinha acontecido antes que foi Dó e vontade de chorar de ver alguém naquele estado bem a minha frente, percebi que a caridade e o amor ao próximo morava comigo e eu não sabia.