Minha Trajetória
Quando eu tinha os meus 18 anos de idade, depois de passar no concurso para aprendizes, eu viajei para a Escola de Aprendizes- Marinheiros, em Florianópolis, Santa Catarina. Lembro-me que quando eu estava no ônibus que iria levar eu e os meus colegas para a escola a minha mãe chorou bastante. Afinal, era a primeira vez que nos separávamos. Tudo para mim era novo até ao ponto de a minha mãe me dar muitos conselhos preciosíssimos. Nos comunicávamos bastante por cartas. Transcreverei, a seguir, alguns trechos da primeira de várias cartas que a minha mãe me enviou. Palavras que considero muitíssimo importantes, que me acompanharão pelo resto da minha vida e jamais esquecerei.
Carta respondida pela minha mãe Terezinha, dia 14 de julho de 1997:
“José Antonio, pelo amor de Deus, não desista! Siga o caminho que você escolheu, não vai na conversa dos outros.”
“Meu filho, eu peço sempre a Deus por você e pelos outros.”
“Tenha fé em Deus que esses 11 meses vão passar bem rápido, pois estou morrendo de saudades.”
A minha mãe era uma mulher guerreira, muito protetora e também muito especial.
Aquele período, realmente, passou rápido demais. Depois dos 11 meses eu fui promovido a marinheiro e logo após, passei a servir no contratorpedeiro Marcílio Dias. Eu e meus companheiros fizemos muitas comissões, inclusive uma para Caracas, na Venezuela. Foi uma comissão muita proveitosa, uma experiência inesquecível! Fiz questão de relatar um pouco de algumas dessas experiências porque marcaram muito a minha vida.