Deu “defeito” joga fora?

Deu “defeito” joga fora?

Com a convivência, o passar do tempo, e os desafios que o momento histórico produz, os casais vão se adaptando ou entram em guerra…
Emocionalmente falando, e para não passar pela tragédia de sentir falta de alguém que amamos quando está longe, mas de quem reclamamos quando se encontra perto…
É necessário casar de “Porteira fechada”, ou seja, aceitando que os “defeitos” e as peculiaridades da pessoa amada, fazem parte do pacote que ao casar recebemos.
Até porque, é impossível muda os outros, e apesar de no inicio os diferentes se atraírem, depois de algum tempo os diferentes terminam se atacando.

Atualmente a maioria dos “casamentos” humanos são relacionamentos de curto prazo.
Principalmente quando as peculiaridades individuais do casal não são do tipo complementares, ou simbióticas.
E no didático livro “Amor liquido”, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman afirma que:
Além das pessoas terem se tornado muito exigentes e pouco tolerantes, as relações amorosas já não duram muito, devido os relacionamentos amorosos escorrerem das nossas mãos, por entre os dedos, feito água…

Sempre foi difícil encontrar indivíduos que por muito tempo nós trate com generosidade, e não como simples bens de consumo…
E quando surge algum “problema”, em vez de se tentar reparar o que já não está dando certo, como acontecia no passado, quando os casamentos era indissolúveis...
As novas gerações descartam o parceiro “defeituoso”, ou trocam quem já não está dando certo, por alguma versão mais “atualizada”.

Existe muita variedade, e a vida atual pode ser confortável, porém para que o casamento dê certo, é necessário que um preencha as carências do outro.
Que entre ambos não exista alguma incompatibilidade insuportável.
É essencial que o casal se goste, que possuam os mesmos tipos de expectativas…
E que um cuide do outro com carinho, com empatia, e sem colecionar mágoas...

A crença na existência da “Alma gêmea” poder fazer com que os problemas comuns do relacionamento entre o casal seja interpretados como algum sinal de que o casal não foi “feito um para o outro”…
Quando o mais certo seria tentar “consertar” os pequenos problemas…
Pois diferente do que a maioria acha, pensa, ou fantasia, cada indivíduo tem um tipo específico de comportamento, e o que chamamos de “PAR PERFEITO” não passa de tipos compatíveis que consegue se adaptar ao parceiro, ainda que as qualidades apreciadas venham acompanhadas de defeitos que temos capacidade de superar.

Biologicamente falando, caso o homem não seja do tipo que “Usa as mulheres e depois joga fora”, e sim do tipo que termina se apegando na companheira, e que nunca mais procura outra, ele não estaria agindo como alguém 100% macho…
Entretanto, no admirável mundo atual não agir 100% como macho, ou não ser 100% fêmea, costuma ser bem mais eficiente ou vantajoso, do que ser algum brucutu...
Principalmente para os que não nasceram para agir como algum psicopata, ou não possuam algum transtorno de personalidade antissocial...