SERÁ QUE SOMOS TÃO DIFERENTES?

Uma das maiores dificuldades do convívio social é a suposta diferença havida entre nós. Então, para “incluir” criamos movimentos sociais para dar voz às minorias. Porém, sem perceber, acabamos excluindo. Se você é homem não pode falar de causas relacionadas à mulher. Se você é heterossexual, não pode falar de causas homossexuais. Seja qual for o movimento social, ele sempre irá excluir alguém. Sem percebermos, nós queremos criar regras de acordo com a nossa individualidade e esquecemos que, em essência, somos todos seres humanos. Você não é homem, mulher, negro, branco, heterossexual, homossexual. Você é só um ser humano e não um ser humano mais alguma coisa. Essa alguma outra coisa que queremos ser que nos divide. A todo o tempo negamos nossa natureza. Procuramos, a todo o tempo, fugir do que somos. Para isso dizemos que somos o que quisermos ser. Mas será mesmo? Uma forma muito explicita de negar nossa natureza é não concordar com o gênero que nascemos. Acreditamos que podemos escolher sermos homem ou mulher. Nós não precisamos ter sexo definido, a ciência criou a fertilização in vitro, podemos adotar, podemos nós mesmos criar vida. O ser humano, em sua finitude, a todo quer extrapolar os limites. “Estamos brincando de Deus”. É mesmo? Qual foi a criação humana que se sobressaiu a de Deus? O que criamos que resolveu nossos problemas? Qual foi a solução cientifica para acabarmos com a angústia, medo, raiva. Se formos analisar o índice de suicídio após a troca de sexo, nenhum . Além da troca de sexo, claro, podemos colocar a soma de inúmeras outras questões que levam uma pessoa ao suicídio. Mas realmente importa? O suicídio existe porque somos humanos. Não há nenhum contexto social que te livrará de ser quem você é. Um ser humano. E, até mesmo se colocar sua consciência em um robô, continuará sendo um humano. Mesmo que criemos inteligência artificial, será um humano imortal com uma maior capacidade de fazer merda . Esperávamos mesmo algo diferente? A máquina somente copia o que somos. Nós nunca vamos sozinhos transcender. A única forma de consciência que conhecemos é a nossa própria. Somos todos iguais, somos humanos.

Marco Parede Vicentini
Enviado por Marco Parede Vicentini em 17/10/2019
Código do texto: T6771756
Classificação de conteúdo: seguro