Autoconhecimento
Autoconhecimento.
Gnôthi seautón.(grego)
Nosce te ipsum.(latim)
Conhece-te a ti mesmo.
Este aforismo grego, atribuído a Tales de Mileto, filósofo grego (624/546), ornamentava o pronaos do Templo de Delfos, uma das maravilhas do mundo antigo, erguido para o culto ao deus Apolo.
Apolo era chamado de Patrono da Sabedoria, era o deus da luz, da razão e do conhecimento.
Buscadores de toda parte iam consultar seu oráculo, reverenciar O Sagrado. Adquiriam o conhecimento necessário para o trabalho alquímico da transformação pessoal.
O homem é filho de Deus! Surgido e imerso no TODO, é microcosmo do macrocosmo, e com sua inteligência, começou a estudar a si próprio. É tarefa precípua da inteligência humana saber e estudar sua verdadeira natureza, auscultar seus passos na eternidade e no mundo finito e emergir grandioso e imortal. Este estudo profundo, de acordo com conhecidos registros de seis mil anos, já era realizado pelos ancestrais do antigo povo Ário que habitava a Índia.
Os profundos ensinamentos de Hermes Trismegisto iluminavam o Egito e os grandes reinos da época, cerca de dois mil anos antes de Jesus, O Cristo, pisar na terra.
A filosofia mística sempre foi antropocêntrica e não cosmocêntrica, sempre girou em torno do homem, investigando seu passado, presente e futuro, ou seja, analisando sua caminhada, com um olhar atento,mas místico.
Quem são os homens incluídos neste seleto grupo que busca conhecer a Verdade Eterna?
Louis Claude de Saint-Martin, (1743/1803), filósofo francês, que legou à humanidade um trabalho espiritual e místico de primeira grandeza, criou um conceito interessante, que dividia os homens em três classes:
Os homens da torrente: Não reconhecem ou não se interessam pela divindade, espiritualidade e pelos talentos místicos dos homens;
Os homens de desejo: os buscadores da luz, os buscadores da verdade, os que tem um profundo desejo de servir e apreço por temas espirituais;
Os homens-espíritos; São os Mestres, os Enviados, os que galgaram o topo do conhecimento, os Avatares do amor e da sabedoria.
Ser um homem de desejo é despertar para a existência da Verdade Eterna, o Atman, a centelha divina, que vive no âmago de cada um de nós.
O caminho espiritual é árduo, com profundos desafios mas também é uma saga épica onde recebemos auxílio espiritual intenso e profundo.
A conscientização e o autoconhecimento nos permitem afirmar: Somos fortes, somos heróicos, somos dotados de capacidade infinita.
Que possamos encontrar esta Jerusalém Celestial, com suas oliveiras e jardins floridos, onde reina a harmonia e a paz!
Que assim seja!