2018 - Vencer a indiferença. Exemplo de coragem Cora Coralina: colheita de sorrisos, solidariedade e amizade.
Por Uma Vida Melhor
https://www.youtube.com/watch?v=RWDYBWyrZsw
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"Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos;
e então dará a cada um segundo as suas obras."
Mateus 16:13-27
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Por Uma Vida Melhor
https://www.youtube.com/watch?v=RWDYBWyrZsw
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A melhor herança é o exemplo, a fé, a honestidade.
O Brasil precisa de bons exemplos.
Os nossos pais nos legaram uma vida de luta e coragem, amor à família e ao país.
Hoje sento um desamor e indiferença a quase tudo.
Vamos caminhar no contraponto, sem perder a ética.
Pecadores sim corruptos não. Os corruptos não se tornam santos. Os santos tinham a consciência de sua limitação e fraqueza e a capacidade de redimensionar as energias boas da alma.
"Tua alma - tua palma..." Cada um é único e pode encontrar a si a resposta de sua existência e o sentido da dor e da compaixão.
Deus nos ajude a perseverar no bem e nos dê uma santa morte. Livra-nos da morte eterna. Amém.
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Paciência
Lenine
Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, mais conhecido como Lenine (Recife, 2 de fevereiro de 1959), é um cantor, compositor, arranjador, multi-instrumentista, letrista, ator, escritor, produtor musical, engenheiro químico, e ecologista brasileiro, ganhador de cinco Grammy Latino, dois prêmios da APCA, e nove Prêmio da ...
https://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html
Compositor: Lenine, Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não)
(a vida é tão rara)
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https://www.ebiografia.com/quino/
Biografia de Quino
Quino (1932) é um cartunista e humorista argentino, autor das famosas tiras do personagem Mafalda, uma menina inteligente e contestadora que ganhou grande repercussão no cenário mundial.
Quino, apelido que recebeu Joaquim Salvador Lavado, nasceu em Mendoza, na Argentina, no dia 17 de julho de 1932. Desde pequeno recebeu o apelido de Quino para diferenciar do tio Joaquim. Filho de imigrantes espanhóis ficou órfão de mãe e de pai. Com grande vocação para o desenho ao terminar a escola primária foi matriculado na Escola de Belas Artes de Mendoza. Em seguida, ingressou na Faculdade de Belas Artes, mas em 1949 resolveu abandonar o curso e se dedicar ao desenho de quadrinhos e de humor gráfico.
Depois de várias tentativas frustradas, só em 1954 vendeu seu primeiro desenho para um jornal argentino. A contribuição regular só aconteceu depois de três anos. Em 1963 lançou seu primeiro livro humorístico, intitulado “Mundo Quino”. Em 1964 criou sua principal personagem, “Mafalda”, uma menina contestadora e inteligente, que foi criada para uma campanha publicitária e logo ganhou vida e encantou os leitores.
Editada em tiras nos jornais, Mafalda deixou as fronteiras da Argentina e chegou à Espanha e a Portugal. Em 1973 entrou no Brasil, em plena época da ditadura militar, através da Revista Patota, da Editora Arte Nova. Quino criou vários personagens, mas a que mais se destacou foi a Mafalda. Em 1973, Quino optou por descontinuar suas tirinhas da Mafalda, pois segundo ele, “a Mafalda virou um carimbo” e isso não lhe agradava.
Em 1976, Quino mudou-se para Milão, na Itália, e seu trabalho aos poucos foi conquistando o mundo. Em 1977, a pedido da UNICEF, as tirinhas da Mafalda ilustraram a Edição Internacional da Campanha Mundial de Declaração dos Direitos da Criança. Em 1982, Quino foi eleito o “Desenhista do Ano”. Nesse mesmo ano, foram publicados no Brasil os três primeiros livros da Mafalda. O trabalho de Quino recebeu vários prêmios internacionais, entre eles, o “Prêmio das Astúrias de Comunicação e Humanidades”, na Espanha, em 2014.
Veja também as biografias de:
Che Guevara (1928-1967) foi um revolucionário e guerrilheiro argentino, um do...
Jorge Luís Borges (1899-1986) foi um poeta, escritor e crítico literário arge...
José de San Martín (1778-1850) foi um militar argentino, líder dos movimentos...
Julio Cortázar (1914-1984) foi um escritor argentino, considerado o mestre do...
Lionel Messi (1987) é um jogador de futebol argentino, atacante do time catal...
Hector Babenco (1946-2016) foi um cineasta argentino e naturalizado brasileir...
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QUINO
Quino — Joaquín Salvador Lavado — filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, nasceu em Mendoza (Argentina) no dia 17 de julho, embora nos registros oficiais conste que nascem em 17 de agosto.
Já ao nascer foi chamado de Quino, para distingui-lo de seu tio Joaquín Tejón, pintor e desenhista de publicidade, com quem descobriu sua vocação aos 3 anos.
Em 1945, após a morte de sua mãe, ele termina a escola primária e resolve inscrever-se na Escola de Belas Artes de Mendoza.
Cansado de desenhar ânforas e jarrões, abandona a Escola de Belas Artes, e só pensa numa única profissão: ser desenhista de historietas e humor.
A década de 60 foi decisiva para a sua carreira: em 1962 faz sua primeira exposição em uma livraria de Buenos Aires, no ano seguinte é publicado seu primeiro álbum de humor, Mundo Quino, uma compilação dos desenhos de humor gráfico sem texto, com prólogo de Miguel Brascó.
É também nesta década que surge Mafalda, que foi publicada em diversos jornais: Primera Plana, El Mundo e Siete Dias. Neste período,foram publicados cinco volumes dos livros de Mafalda também.
Em 1977, a pedido da ONU, ele volta a ilustrar Mafalda e os personagens de sua tira para a Edição Internacional da campanha mundial da Declaração do Direitos da Criança. No ano seguinte, ele recebe o Troféu Palma de Ouro pelo Salão Internacional do Humorismo de Bridigher.
Ao longo de sua carreira, ele também ganhou os prêmios Bienal Ibero-Americana de Humor Gráfico e José Hernández por sua contribuição à cultura, além de ter sido declarado Cidadão Ilustre de Buenos Aires.
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WEDNESDAY, AUGUST 20, 2014
Em entrevista, filha de Cora Coralina divulga poema inédito da escritora
https://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html
Para celebrar 125 anos de nascimento da autora goiana, o Correio apresenta entrevista exclusiva com a Vicência Bretas Tahan
Elô Bittencourt - Especial para o Correio
Publicação: 20/08/2014 08:12 Atualização:
A poesia de Cora Coralina é uma profissão de fé. Graças à sua ternura em manusear as palavras, como se fizesse um doce, ela se transformou em uma das principais poetas da literatura brasileira. A escritora obteve reconhecimento aos 75 anos, quando Carlos Drummond de Andrade começou a elogiar publicamente os versos da vovozinha lírica que nasceu em 20 de agosto de 1889, em Goiás Velho.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nome de batismo da escritora, faleceu aos 96 anos, em 1985. Cora Coralina começou a escrever cedo, aos 14 anos, porém teve o primeiro livro publicado em junho de 1965, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. Foi a partir daí que a doceira famosa começou a ser conhecida no mundo da literatura.
Em comemoração aos 125 anos de nascimento de Cora Coralina, o Correio apresenta uma poesia inédita da escritora, concedida pela filha Vicência Bretas Tahan. Na entrevista, a herdeira relatou que ainda há muitos escritos da poeta que não foram publicados, nem disponibilizados no museu porque estão sendo organizados. A filha da poeta revela, também, como era conviver ao lado de uma mulher extremamente forte e, ao mesmo tempo, delicada e sensível.
Poesia
Guia de Goiás
Tem sua rima
Bem pode ser a mulher terra, a mulher sertaneja, sua velha escriba, Cora Coralina
Guia do meu Goiás
Guia de muita gente, para conhecer mais o meu Goiás.
Goiás, seu mapa é uma certeza no centro do Brasil.
Goiás é coração, é o sonido Augusto do berrante na frente das manadas, das estradas do sertão
Goias é água e pão, água para toda sede e pão para toda fome
Goiás é oferta de trabalho, é a terra em gestação
Cora Coralina
Confira trecho da entrevista com Vicência Bretas Tahan, filha de Cora Coralina
Como era a mulher Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas?
Minha mãe era muito trabalhadeira. Fazia tudo dentro de casa. Gostava muito de escrever, embora não tivesse suas poesias lidas. Não era comum naquela época, por isso ela escrevia e guardava. Além disso, tinha os afazeres de casa como lavar roupa, fazer doces e comida. Antes a mulher era preparada para casar e não se falava em ser escritora. Ela era muito lutadora também.
O que Cora Coralina mais gostava de fazer? Como era sua rotina?
Quando moça ela tinha que fazer doces para vender. Naquela época, não tinha a obrigação de ir à escola. Ela aprendeu o básico, o primário. Aos 14 anos, começou a escrever. Gostava de fazer versos e outros textos...
Como foi o primeiro contato dela com Carlos Drummond de Andrade?
Ela não o conheceu, mas se corresponderam por carta. Quando ela já tinha publicado o primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, uma conhecida dela deu o livro ao Drummond. Ele gostou muito, daí, tempos depois, escreveu para ela: “Cora Coralina. Não tendo o seu endereço, lanço estas palavras ao vento, na esperança de que ele as deposite em suas mãos. Admiro e amo você como alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu verso é água corrente, seu lirismo tem a força e a delicadeza das coisas naturais. Ah, você me dá saudades de Minas, tão irmã do teu Goiás! Dá alegria na gente saber que existe bem no coração do Brasil um ser chamado Cora Coralina. Todo o carinho, toda a admiração do seu Carlos Drummond de Andrade”.
http://emversoeprosa.blogspot.com.br/2014/08/em-entrevista-filha-de-cora-coralina.html
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Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.
Cora Coralina
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Conclusões de Aninha
Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.
O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?
Donde se infere que o homem ajuda sem participar
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra
Cora Coralina
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Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Cora Coralina
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O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.
Cora Coralina
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Coração é Terra que Ninguém Vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
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Assim Eu Vejo a Vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina
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Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.
Cora Coralina
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Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo.
Cora Coralina
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Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.
Cora Coralina
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Poeta não é somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.
Cora Coralina
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O Cântico da Terra
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.
Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.
Cora Coralina
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Meu Destino
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...
Cora Coralina
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Coração é terra que ninguém vê.
Cora Coralina
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Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe.
Em ti está presente a humanidade!
Cora Coralina
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Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.
Cora Coralina
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Aninha e Suas Pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Cora Coralina
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Oração do Milho
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
Sou o milho.
Cora Coralina
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Mãe
Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.
Cora Coralina
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Melhor do que a criatura,
fez o criador a criação.
A criatura é limitada.
O tempo, o espaço,
normas e costumes.
Erros e acertos.
A criação é ilimitada.
Excede o tempo e o meio.
Projeta-se no Cosmos.
Cora Coralina
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Procuro suportar todos os dias minha própria personalidade renovada, despencando dentro de mim tudo que é velho e morto.
Cora Coralina
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Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Cora Coralina
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Meu Epitáfio
Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Cora Coralina
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Cora Coralina – doceira, poeta...
Pseudônimo (nome artístico) de
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas
(*1889, +1985 – 96 anos)
Correio Braziliense – Goias Velho.
125 anos de nascimento: poeta-mãe;
Entrevista dada pela filha: Vicência Bretas Tahan em 2014
QUINO (apelido familiar)
= inventor de Mafalda
Joaquim salvador lavado, Mondoza, Argentina. 1932
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Paciência
Lenine (autor)
Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, mais conhecido como Lenine (Recife, 2 de fevereiro de 1959), é um cantor, compositor, arranjador, multi-instrumentista, letrista, ator, escritor, produtor musical, engenheiro químico, e ecologista brasileiro, ganhador de cinco Grammy Latino, dois prêmios da APCA, e nove Prêmio da ...
https://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html
Compositor: Lenine, Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não)
(a vida é tão rara)
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Biografia de Quino
Quino (1932) é um cartunista e humorista argentino, autor das famosas tiras do personagem Mafalda, uma menina inteligente e contestadora que ganhou grande repercussão no cenário mundial.
Quino, apelido que recebeu Joaquim Salvador Lavado, nasceu em Mendoza, na Argentina, no dia 17 de julho de 1932. Desde pequeno recebeu o apelido de Quino para diferenciar do tio Joaquim. Filho de imigrantes espanhóis ficou órfão de mãe e de pai. Com grande vocação para o desenho ao terminar a escola primária foi matriculado na Escola de Belas Artes de Mendoza. Em seguida, ingressou na Faculdade de Belas Artes, mas em 1949 resolveu abandonar o curso e se dedicar ao desenho de quadrinhos e de humor gráfico.
Depois de várias tentativas frustradas, só em 1954 vendeu seu primeiro desenho para um jornal argentino. A contribuição regular só aconteceu depois de três anos. Em 1963 lançou seu primeiro livro humorístico, intitulado “Mundo Quino”. Em 1964 criou sua principal personagem, “Mafalda”, uma menina contestadora e inteligente, que foi criada para uma campanha publicitária e logo ganhou vida e encantou os leitores.
Editada em tiras nos jornais, Mafalda deixou as fronteiras da Argentina e chegou à Espanha e a Portugal. Em 1973 entrou no Brasil, em plena época da ditadura militar, através da Revista Patota, da Editora Arte Nova. Quino criou vários personagens, mas a que mais se destacou foi a Mafalda. Em 1973, Quino optou por descontinuar suas tirinhas da Mafalda, pois segundo ele, “a Mafalda virou um carimbo” e isso não lhe agradava.
Em 1976, Quino mudou-se para Milão, na Itália, e seu trabalho aos poucos foi conquistando o mundo. Em 1977, a pedido da UNICEF, as tirinhas da Mafalda ilustraram a Edição Internacional da Campanha Mundial de Declaração dos Direitos da Criança. Em 1982, Quino foi eleito o “Desenhista do Ano”. Nesse mesmo ano, foram publicados no Brasil os três primeiros livros da Mafalda. O trabalho de Quino recebeu vários prêmios internacionais, entre eles, o “Prêmio das Astúrias de Comunicação e Humanidades”, na Espanha, em 2014.
Veja também as biografias de:
Che Guevara (1928-1967) foi um revolucionário e guerrilheiro argentino, um do...
Jorge Luís Borges (1899-1986) foi um poeta, escritor e crítico literário arge...
José de San Martín (1778-1850) foi um militar argentino, líder dos movimentos...
Julio Cortázar (1914-1984) foi um escritor argentino, considerado o mestre do...
Lionel Messi (1987) é um jogador de futebol argentino, atacante do time catalão...
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